Marin tenta acordo para cumprir pena em apartamento na 5ª avenida em NY
Ex-presidente da CBF pode ser liberado por Justiça Americana para viver em imóvel de 100m², avaliado em cerca de R$ 10 milhões, na área mais cara de Nova York
de luxo espera José Maria Marin em Nova York
(Foto: GloboEsporte.com/Martin Fernandez)
> Algemas de ex-presidente da CBF serão retiradas durante voo para EUA
O domicílio de Marin, no caso, é o apartamento 41D do número 725 da 5ª Avenida, uma das áreas mais caras de Nova York. O apartamento do dirigente é dos mais simples da Trump Tower, o arranha-céu construído pelo bilionário Donald Trump em 1983. Por simples, entenda-se um imóvel de 101 metros quadrados, uma suíte, sala, cozinha, área de serviço e dois lavabos. Marin comprou o imóvel por US$ 900 mil em 1989, um ano depois de ter deixado a presidência da Federação Paulista de Futebol.
Sem precisar sair do prédio, Marin terá à sua disposição academia de ginástica, jardim, serviços de camareira e manobrista, cafés, restaurantes, joalheria, lojas de roupas de luxo e artigos esportivos. A Trump Tower é ocupada por escritórios até o 26º andar por escritórios; dali para cima, até o 68º, por apartamentos. No lobby do prédio há duas "Trump Stores", lojas que vendem todo tipo de produto relacionado ao homem que dá nome ao prédio - de livros a perfumes, de toalhas a bolas de tênis.
Por US$ 60, por exemplo, pode-se comprar uma gravata com o nome do magnata de 75 anos que tenta se viabilizar como candidato a presidência dos EUA pelo Partido Republicano. Por US$ 100 - uma promoção - pode-se combinar a camisa e a gravata. Essa parte do prédio vive cheia de turistas. Além da portentosa entrada pela 5ª Avenida, há uma entrada lateral exclusiva para os moradores, pela rua 56. Ali, além de uniforme, os porteiros usam luvas brancas.
Assim como Donald Trump, José Maria Marin também já deu nome a um prédio - a sede da CBF, construída em sua administração. Mas por pouco tempo. Seu nome foi removido da fachada do prédio um dia depois de sua prisão. Marco Polo Del Nero, o atual presidente da CBF, era vice da gestão anterior e se elegeu por uma chapa chamada "Continuidade Administrativa", que tinha o próprio Marin como vice-presidente e primeiro da linha sucessória.
Na investigação das autoridades americanas, um dirigente com as características de Del Nero ("alto cargo na CBF, na Conmebol e na Fifa) é identificado como receptor de subornos. Desde que seu antecessor foi preso, Marco Polo Del Nero nunca mais deixou o Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário