quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ônibus atrapalham o trânsito na Beira-Mar

 
Os veículos ficam parados esperando passageiros e viram motivo de reclamação por parte dos moradores

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Situação é pior pela manhã, quando, além dos coletivos estacionados em frente aos hotéis, uma das faixas da via fica interditada, de 5h às 8h, para uso exclusivo de coopistas e ciclistas 
FOTOS: THIAGO GASPAR

Está cada vez mais difícil percorrer de carro a Avenida Beira-Mar. A situação piora durante o período da alta estação, principalmente nas primeiras horas da manhã. Todos os dias, entre 5h e 8h, cones restringem uma das faixas a coopistas e ciclistas. O problema é que, com o espaço destinado aos esportistas, a área para veículos fica restrita e o tráfego se complica ainda mais por conta da presença de dezenas de ônibus de turismo que estacionam em frente aos hotéis da orla.

O morador da avenida Beira Mar Eduardo Feitosa, 42, chama a atenção para o problema do espaço cada vez mais reduzido para os motoristas. "Não reclamo dos coopistas e ciclistas, mas sim dos ônibus que estacionam no meio da pista complicando o trânsito logo cedo", diz.

Feitosa afirma que, de manhã cedo e no início da noite, por volta das 18 horas, o tráfego fica caótico, tirando a paciência de quem mora nas proximidades dos hotéis. Além disso, Feitosa reforça que os agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) não são encontrados com frequência nos locais onde o trânsito é mais complicado para orientar os condutores e, pelo menos, tentar amenizar a situação. "Existem os guardas, é verdade, mas só aparecem quando não são necessários. Um maior número de guardas poderia nos ajudar muito", avalia.

Já o consultor de empresas Rafael Carvalho, 36, turista de Porto Alegre, considera que, pela manhã, o ambiente é mais tranquilo. No entanto, à tardinha, fica impossível correr tanto pelo calçadão como no asfalto. "O espaço destinado aos coopistas fica lotado de gente e temos que correr na pista. Aí complica, pois ela está tomada pelos ônibus e carros", conta.

Problemas

Vendedores ambulantes, bicicletas e alguns buracos são outros problemas dos quais os frequentadores reclamam. Lucineide dos Santos, 35, informa que o início do calçadão está em perfeito estado, mas, em alguns pontos, na parte final, é possível encontrar buracos que podem ocasionar acidentes. "Um dia desses, um turista da Europa, torceu o pé", revelou.

A Secretaria Executiva Regional (SER) II, responsável pela área da Beira-Mar, garantiu que, até o fim do mês de agosto deste ano, a atual gestão vai reestruturar por completo o calçadão, reforma esta que está dentro do projeto de paisagismo da Beira-Mar.

O Diário do Nordeste tentou contato com a assessoria de imprensa da AMC para que o órgão falasse sobre os problemas ocasionados pelas faixas reservadas a coopistas e pelos ônibus turísticos que dificultam o tráfego de veículos na Beira-Mar, mas não obteve sucesso até o fechamento desta edição.

INSEGURANÇA
Moradores pedem postos fixos da PM

Além dos problemas de tráfego, a falta de segurança é outro lembrado pelos frequentadores e moradores da Beira-Mar. A principal reivindicação é a volta das guaritas da Polícia Militar ao calçadão. O coordenador dos Amigos da Beira Mar, Tadashi Enomoto, está promovendo desde o início deste mês um abaixoassinado para que a Polícia Militar recoloque as Guaritas Fixas (segundo ele, mais ou menos oito) no calçadão da Beira- Mar. "Observamos, quase que diariamente, assaltos aos usuários da área. Na semana passada, levaram a filmadora de um turista. Tem gente que teve vários familiares assaltados".

Os oito pontos críticos mais citados pelos frequentadores, e que precisam das guaritas, segundo Tadashi Enomoto, são na Avenida Beira-Mar com Avenida Rui Barbosa, na AABB, no Náutico Atlético Cearense, na Praça dos Estressados, no Anfiteatro Flávio Ponte (Beira-Mar/Volta da Jurema), no Riacho Maceió, na entrada do Antigo Mucuripe Club e, por fim, no Mercado de Peixes, já no fim da via principal.

Tadashi menciona que os problemas da Beira-Mar, na maioria das vezes, não chegam ao conhecimento das autoridades e, apesar da atuação ostensiva das viaturas do Ronda, os crimes continuam. A única solução, de acordo com ele, é entregar o abaixoassinado para os órgãos competentes. "Estamos com mais de mil assinaturas, com adesão de 100% dos coopistas. Informo que vamos continuar por mais uma semana para depois encaminhar ao secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Monteiro, ao Comando da Polícia Militar e, talvez, ao governador Cid Gomes",revelou.

O Chefe da Seção de Comunicação Social e Ouvidor Geral da PMCE, major Marcus Costa, descartou a colocação das oito guaritas fixas. Ele ressalta que o policiamento na Beira-Mar nunca foi tão grande. "Em toda a extensão da avenida existem dez postos de policiamento com dois policiais cada e quatro com os patinetes motorizados", esclareceu. O major Marcus Costa falou também que, sem as guaritas, os policiais ficam mais livres para proteger as suas respectivas áreas de atuação, o que antes era difícil.
ENQUETERECLAMAÇÕES

Francisco Firmino, 49 anos, Comerciante

Os buracos atrapalham os pedestres e a segurança tem que melhorar para dar tranquilidade às pessoas

Tânia Pereira, 45 anos, Turista do Amapá

O calçadão eu achei muito apertado para andar, estreito. Falta mais espaço para os frequentadores caminharem

GIORAS XEREZEspecial para Cidade

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