quinta-feira, 30 de julho de 2015


Mala encontrada na Ilha Reunião aumenta suspeitas sobre localização de voo da Malaysia airlines

Uma mala foi encontrada nesta quinta-feira na Ilha Reunião
Uma mala foi encontrada nesta quinta-feira na Ilha Reunião Foto: - / AFP PHOTO / Linfo.re/Antenne Réunion
O mistério sobre o desaparecimento do voo MH 370 da Malaysia Airlines parece estar chegando ao fim. Após encontrarem um destroço que poderia ser uma parte da asa da aeronave, uma mala com rodinhas foi encontrada no mesmo local, pela mesma equipe de limpeza, nas Ilhas Reunião, no Oceano Pacífico, nesta quinta-feira, aumentando ainda mais as especulações sobre a localização do avião.
De acordo com o “Le journal de L´ílê de la Réunion”, funcionários de uma associação do município de Saint-André (no leste da ilha), responsáveis pela limpeza da orla, encontraram a peça nesta quarta-feira pela manhã, e a mala nesta quinta-feira.

A mala foi encontrada nesta quinta-feira no mesmo local onde na última quarta-feira foi encontrado uma peça de avião
A mala foi encontrada nesta quinta-feira no mesmo local onde na última quarta-feira foi encontrado uma peça de avião Foto: - / AFP PHOTO / Linfo.re/Antenne Réunion

quarta-feira, 29 de julho de 2015


O petrolão era só o começo


BRASÍLIA - A prisão do presidente da Eletronuclear mostra que a Lava Jato ultrapassou as fronteiras da Petrobras. A investigação chegou com força ao setor elétrico, que concentra alguns dos maiores investimentos do governo federal. Ao que tudo indica, o petrolão era só o começo.
O enredo da nova série, já chamada de eletrolão, parece reprise da anterior. O governo repartia as estatais entre os partidos aliados. As estatais repartiam os contratos entre as empreiteiras. As empreiteiras repartiam a propina entre os dirigentes das estatais e seus padrinhos em Brasília.
O último elo da partilha são os políticos, que ainda não apareceram na história. "É possível que no avanço das investigações a gente chegue a isso", disse o delegado Igor Romário de Paula. Para bons entendedores, o recado não poderia ser mais claro.
No início do governo Lula, o setor elétrico era propriedade do PT. Dilma Rousseff, ainda pouco conhecida, comandava o Ministério de Minas e Energia. Depois do mensalão, a pasta passou ao controle do PMDB. Foi chefiada por figuras como Silas Rondeau e Edison Lobão, ambos aliados do ex-presidente José Sarney.
Rondeau caiu ao ser citado na Operação Navalha. Lobão, que voltou ao Senado, é investigado na Lava Jato. Estava no ministério quando a Eletronuclear licitou as obras de Angra 3, novo foco da investigação.
Segundo o delator Dalton Avancini, a partilha beneficiou sete empreiteiras. "Já havia um acerto entre os consórcios com a prévia definição de quem ganharia cada pacote", contou. Depois, as empresa pagariam propina a dirigentes da estatal e ao PMDB.
Apesar do enredo repetido, o caso da Eletronuclear traz uma novidade. O presidente da estatal, Othon Luiz Pinheiro da Silva, é vice-almirante reformado. Sua prisão, sob suspeita de embolsar R$ 4,5 milhões, serve de alerta a quem pensa que uma "intervenção militar" salvaria o país da corrupção. Em tempo: na ditadura, nunca haveria espaço para uma operação como a Lava Jato.

Galera, bom dia!
Chateado!
Acabei de descobrir aqui em Genebra, na Suíça, que não sou dono dos R$ 7,5 milhões.
Aguardem mais informações...
Agora, aqueles que devem, podem começar a contar as moedinhas, porque a conta vai chegar de todas as formas.
Eu não finjo ser decente, não faço de conta ser sério e pareço ser correto. Eu sou!!!

terça-feira, 28 de julho de 2015


Juiz solicita o bloqueio de R$ 60 mi de presos na 16ª fase na Lava Jato

Presidente da Eletronuclear e executivo da Andrade Gutierrez foram presos
Nova fase da operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (28).

Thais Kaniak Do G1 PR
O presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva durante Comissão do Meio Ambiente na Câmara dos Deputados em maio de 2010 (Foto: Janine Moraes/Câmara dos Deputados) 
O presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro
da Silva durante Comissão do Meio Ambiente na
Câmara dos Deputados em maio de 2010 (Foto:
Janine Moraes/Câmara dos Deputados)
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, solicitou o bloqueio de R$ 60 milhões dos presos na 16ª fase da operação, que foi deflagrada nesta terça-feira (28).
De acordo com a solicitação do juiz, devem ser bloqueados R$ 20 milhões do diretor-presidente licenciado da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, o mesmo valor do executivo da empreiteira Andrade Gutierrez Flavio David Barra e outros R$ 20 milhões da Aratec Engenharia, Consultoria & Representações Ltda, que pertencente a Othon Luiz.
Os dois investigados foram presos nesta manhã, no Rio de Janeiro.

Dólar perde fôlego, mas sobe pelo 5º dia após S&P manter nota do Brasil

Moeda avançou menos após ameaça de 'corte' da nota do Brasil pela S&P.
Na máxima do dia, dólar chegou a alcançar R$ 3,43.

Do G1, em São Paulo
Notas de dinheiro, dólar e real, câmbio (Foto: Sergio Moraes/Reuters)Notas de dinheiro, dólar e real, câmbio (Foto: Sergio Moraes/Reuters)
Após ter atingido R$ 3,43, o dólar reduziu o avanço na tarde desta terça-feira (28) e fechou com alta mais modesta, depois que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s manteve em "BBB-" a nota de crédito do Brasil, mas sinalizou que o país pode perder o grau de investimento.

Justiça Federal aceita denúncia contra executivos ligados à Odebrecht

Presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, é um dos acusados pelo MPF.
Grupo responderá por crimes como corrupção, investigados na Lava Jato.

Samuel Nunes Do G1 PR
A Justiça Federal aceitou, nesta terça-feira (28), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o presidente da Odebrecht S.A., Marcelo Odebrecht, e outras 12 pessoas investigadas na Operação Lava Jato
O grupo foi denunciado pelo MPF na sexta-feira (24). Com o recebimento da denúncia pela Justiça, a partir de agora eles são réus na ação penal que vai apurar os supostos crimes cometidos por eles, como organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro nacional e internacional.
Segundo a denúncia, os envolvidos participariam de um esquema de corrupção na Petrobras. Entre os denunciados, também aparecem o doleiro Alberto Youssef e ex-diretores da estatal.
Provas
No despacho em que aceita a denúncia, o juiz federal Sérgio Moro considerou que as provas apresentadas pelo MPF até o momento justificam a abertura do procedimento contra os acusados.

"Portanto, há, em cognição sumária, provas documentais significativas da materilidade dos crimes, não sendo possível afirmar que a denúncia sustenta-se apenas na declaração de criminosos colaboradores", pontuou o magistrado.
Marcelo Odebrecht preso pela Lava Jato (Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo) 
Marcelo Odebrecht está preso no Paraná desde junho
(Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/
Estadão Conteúdo)
Lista dos denunciados:
- Alberto Youssef, doleiro: corrupção passiva qualificada, lavagem de capitais
- Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, ex-diretor da Odebrecht: organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de capitais
- Bernardo Schiller Freiburghaus, suspeito de lavar dinheiro de propina da Odebrecht: organização criminosa, lavagem de capitais
- Celso Araripe d'Oliveira, funcionário da Petrobras: corrupção passiva qualificada, lavagem de capitais
- Cesar Ramos Rocha, ex-diretor da Odebrecht: organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de capitais
- Eduardo de Oliveira Freitas Filho, sócio-gerente da empreiteira Freitas Filho Construções Limitada: lavagem de capitais
- Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da Odebrecht S.A: organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de capitais
- Márcio Faria da Silva, ex-diretor da Odebrecht: organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de capitais
- Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras: corrupção passiva qualificada, lavagem de capitais
- Paulo Sérgio Boghossian, ex-diretor da Odebrecht: organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de capitais
- Pedro José Barusco Filho, ex-gerente de Serviços da Petrobras: corrupção passiva qualificada, lavagem de capitais
- Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras: corrupção passiva qualificada, lavagem de capitais
- Rogério Santos de Araújo, ex-diretor da Odebrecht: organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de capitais

Zico envia à CBF pedido para ser candidato do país à presidência da Fifa

Ex-jogador espera contar com indicação da entidade em busca da participação no pleito. Ele avisa que não irá aguardar resposta muito tempo "por ter outras opções"

Por Rio de Janeiro
Zico Gávea Copa Zico (Foto: Raphael Zarko/GloboEsporte.com)Zico busca apoio da CBF (Foto: Raphael Zarko/GloboEsporte.com)
Zico segue com o desejo de concorrer à presidência da Fifa. Em declaração ao GloboEsporte.com na manhã desta terça-feira em evento da Copa Zico, na Gávea, o ex-jogador disse que enviou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) o pedido de indicação através da entidade de sua candidatura para o cargo de comando do futebol mundial. No entanto, ele afirma que não aguardará o retorno por muito tempo, pois garante ter outras opções para chegar à disputa do pleito.
- O primeiro caminho é esse. Sou brasileiro, tenho serviços prestados à seleção brasileira durante dez anos. Minha vida foi toda aqui no Brasil. Eu acho que a primeira opção, já que minha pretensão à presidência é justamente fazer o caminho certo. Pedi primeiro a indicação através do representante do Brasil, que é a CBF. Enviei a carta ao presidente Marco Polo, mostrando pra ele os pontos da minha candidatura e agora é aguardar resposta para ver se eles têm um compromisso ou não, se aceitam ou não. Agora vamos aguardar. Não vou aguardar muito tempo porque o tempo passa rápido então a gente tem que ter outras opções também - declarou ele.
Zico declarou que tem até o dia 26 de outubro para estar inscrito na eleição. Por isso, ele cogita outros caminhos para garantir a inscrição. Mas ressalta que gostaria sim de ser confirmado como candidato representante da CBF.

- Normalmente a gente tem que esperar pelo menos uma semana para saber a posição da entidade. Dia 26 de outubro a gente tem que estar inscrito, é a data limite. Então temos que ter sempre outras opções. Lógico que gostaria muito que fosse indicado pela CBF, mas tenho ao que aguardar.

O ex-jogador aguarda o retorno da CBF para somente depois solicitar o apoio de outras federações. Para chegar à fase final do pleito, ele necessita da indicação de uma entidade de um país e o apoio de mais quatro.

- Ainda não não (enviei carta) para outras federações. Primeiro vou aguardar a CBF. Eu espero que seja favorável, espero que seja positivo porque eu tenho que ser indicado por uma com o apoio de mais quatro. Eu acho que o apoio não vai ser complicado.

A Fifa já anunciou que a nova eleição presidencial da entidade será realizada no dia 26 de fevereiro. O atual presidente e no poder desde 1998, Joseph Blatter anunciou em 2 de junho que deixaria o cargo e convocaria novas eleições. Platini é especulado como candidato e até mesmo já teria recebido o apoio da Confederação Sul-Americana de Futebol, a Conmebol. 
Além de Zico, o presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello, o diretor geral Fred Luz e o diretor executivo Rodrigo Caetano estiveram igualmente presentes durante a disputa do campeonato. Juninho Pernambucano, Léo Moura - que deve jogar pelo FC Goa, time que o Galinho comandará a partir de dezembro - Emerson Sheik e Renato Gaúcho também foram prestigiar o ídolo rubro-negro.
Emerson Sheik e Renato Gaúcho Copa Zico Gávea 2015 (Foto: Fred Gomes/ Globoesporte.com)Emerson Sheik e Renato Gaúcho estiveram na Gávea na manhã desta terça-feira (Foto: Fred Gomes/ Globoesporte.com)

Dólar sobe e passa de R$ 3,40 pela primeira vez em 12 anos

Moeda dos EUA chegou a cair 0,6% ante real nesta terça.
Dólar saltou 6% nas quatro sessões anteriores.

Do G1, em São Paulo
Depois de iniciar os negócios em baixa, o dólar ganhou força e chega a passar dos R$ 3,40 pela primeira vez em 12 anos nesta terça-feira (28), em meio a preocupações com a situação fiscal brasileira e à expectativa de alta dos juros norte-americanos.
Por volta das 13h40, a moeda norte-americana avançava 1,88%, a R$ 3,4275 na venda. Veja cotação
Pela manhã, a moeda chegou a cair 0,6% na mínima da sessão, a R$ 3,3438, após acumular alta de 6% nas últimas quatro sessões.

"Todos os motivos que têm pressionado o dólar nos últimos dias continuam valendo. Não dá para saber onde a moeda vai parar", disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

Investidores têm demonstrado preocupação com a possibilidade de o Brasil perder seu grau de investimento, após cortes nas metas fiscais do governo deste e dos próximos anos surpreenderem e decepcionarem os mercados financeiros.

O cenário político conturbado também pesa neste momento, em que o governo depende muito do Congresso --em pé de guerra com o Executivo-- para aprovar as medidas de ajustes fiscais. Nesta manhã, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltou a afirmar que fará todos os esforços junto ao Legislativo "para garantir a previsibilidade fiscal".

Outro fator importante para os próximos passos do dólar é a reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, que termina na quarta-feira. Sinalizações de que o Fed caminha para elevar os juros ainda neste ano podem servir de gatilho para a moeda norte-americana dar mais um salto, afirmaram operadores, uma vez que pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados no Brasil.

"A verdade é que o dólar não tem motivo para cair. Qualquer queda vai ser um alívio temporário", disse a operadora de um banco nacional.

PF faz buscas na Eletronuclear em ação que mira fraude em Angra 3

Na ação, batizada de 'Radioatividade', agentes federais cumprem mandados no Rio, Niterói, Brasília, São Paulo e Barueri

por

Obra de construção da Usina de Angra 3 também é alvo da operação Lava-Jato - Divulgação 07/02/2013
RIO, SÃO PAULO, BRASÍLIA E CURITIBA- A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira a 16ª Fase da Operação Lava-Jato, denominada “Radioatividade”. Cerca de 180 Policiais Federais cumprem 30 mandados judiciais, sendo 23 de busca e apreensão, dois de prisão temporária e cinco de condução coercitiva em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri. No Rio, cinco andares da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, foram lacrados pela PF. Um dos presos é Othon Luiz Pinheiro da Silva - diretor-presidente afastado da estatal. Outro detido é Flavio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez.
Segundo a PF, o foco das investigações são contratos firmados por empresas já mencionadas na Lava- Jato. Dentre outros fatos investigados, são objeto de apuração nesta fase, a formação de cartel e o prévio ajustamento de licitações nas obras de Angra 3, e o pagamento indevido de vantagens financeiras a empregados da estatal. Os presos serão trazidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
Em São Paulo, um dos mandados de busca e apreensão está sendo realizado no escritório de Ricardo Ourique Marques, diretor da Techint.
Além de Ourique, são alvo de pedidos de busca e apreensão criminal:
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Renato Ribeiro Abreu, Petronio Braz Junior, Othon Luiz Pinheiro da Silva, Maria Celia Barbosa da Silva, Flavio David Barra, Fabio Andreani Gandolfo e Eletrobras Termonuclear SA - Eletronuclear, Aratec Engenharia Consultoria e Representações, Ana Luiza Barbosa da Silva Bolognani e Ana Cristina da Silvia Toniolo. AÇÃO APÓS DELAÇÃO DE DIRETOR DA CAMARGO CORRÊA
A nova operação da Polícia Federal é baseada em informações prestadas em delação premiada pelo diretor da Camargo Corrêa Dalton Avancini a respeito do pagamento de propina a políticos e fraude na licitação da montagem da terceira usina do Complexo Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ) - mais conhecida como Angra 3.
Em depoimento prestado em março deste ano, Avancini afirmou que "havia um acordo de que o edital seria direcionado", para que sete empresas vencessem a licitação, mediante pagamento de propina a políticos do PMDB.

O edital para a montagem da usina foi publicado em agosto de 2011 e permitiu a habilitação de apenas dois consórcios: o UNA 3 (formado pelas empresas Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e UTC) e o Angra 3 (composto por Queiroz Galvão, uma subsidiária do grupo MPE e Techint).
Os consórcios concorriam por dois pacotes de serviço, sendo que um grupo não poderia ser contratado para fazer ambos os pacotes. Com a habilitação de somente dois consórcios, ficou certo que cada um deles necessariamente levaria uma obra. Somente então os grupos foram chamados a apresentar os preços.
"O filtro para direcionamento da licitação seria aplicado quando da habilitação prévia das empresas, de modo a excluir as que não estivessem nesse grupo de seis empresas", afirmou Avancini, no depoimento.
Ao ser perguntado, pelo delegado Eduardo Mauat, por que a Eletronuclear lançou um edital de forma a privilegiar poucas empresas, Avancini respondeu que em "reuniões posteriores onde (foi) mencionado o pagamento de propinas". Segundo ele, elas "seriam uma possível explicação quanto a esse procedimento". Em depoimento posterior, o diretor da Camargo Corrêa apresentou o nome de executivos das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez que teriam participado de reunião em que se discutiu o pagamento de propina ao PMDB.
O encontro teria acontecido em agosto de 2014, na sede de outra construtora, a UTC, com a presença do presidente global da Andrade Gutierrez Energia, Flavio Barra, e o Diretor Superintendente na Odebrecht Infraestrutura, Fábio Gandolfo - dois alvos da operação desta terça-feira.
Também teriam participado do encontro, além de Avancini, representantes de outras empreiteiras participantes dos consórcios vencedores para instalação e montagem de equipamentos em Angra 3.
ENGENHEIRO CITOU CAMPANHA DE CABRAL
Em São Paulo, um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido no escritório do engenheiro Ricardo Ourique Marques, diretor geral na Techint Engenharia e Construção, uma das empresas beneficiadas na licitação de Angra 3 e também participante da implantação do Comperj.
Em maio deste ano, Ourique Marques prestou depoimento em São Paulo a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura se há envolvimento do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e seu sucessor, Luiz Fernando Pezão, também do PMDB, no esquema de propinas montado na estatal petrolífera, entre 2004 e 2014.

Na ocasião, Ourique Marques afirmou ter se reunido em 2010 no Caesar Park, em Ipanema, com Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho, ex-secretário de Estado do governo do Rio e assessor financeiro da campanha à reeleição de Cabral, e com o diretor de Abastecimento da Petrobrás à época, Paulo Roberto Costa.

No encontro, Costa, teria pedido a Ourique Marques dinheiro para a campanha do peemedebista, como "forma de retribuição ao esforço do governo do estado pelo auxílio à Petrobras na obtenção de licenças e autorizações" relacionadas à implantação do Comperj", outra obra com participação da Techint. No depoimento À PF, Ourique Marques negou ter atendido à solicitação.
ELETROBRAS É ALVO DE AÇÃO NOS EUA
Após a Petrobras ser alvo de uma ação coletiva nos Estados Unidos, agora é a vez da Eletrobras. O escritório de advocacia americano Rosen Law entrou com uma ação coletiva na semana passada, em Nova York, contra a estatal, que teria sido alvo de corrupção e é citada na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Em sua página na internet, o escritório vem convocando investidores que compraram os papéis emitidos pela Eletrobrás entre 10 de fevereiro de 2014 e 29 de abril deste ano.
A ação cita a delação de Avancini. Ele teria afirmado que o consórcio de empresas contratadas para construir a usina nuclear Angra 3 fez pagamentos ao almirante Othon Luiz Pereira da Silva. Ele nega as acusações, mas se afastou do cargo e pediu licença "para que os fatos que estão sendo citados nas delações sejam apurados com bastante transparência, sem a sua presença na presidência da empresa.", disse um executivo próximo à estatal. (*) Especial para O GLOBO


Volkswagen toma lugar da Toyota como maior montadora do mundo

Vendas do Grupo VW chegaram a 5,04 milhões no 1º semestre.
Número inclui as marcas Audi e Porsche, entre outras.

Do G1, em s
Vendas do Gupo Volkswagen superaram a Toyota no 1º semestre (Foto: REUTERS/Toru Hanai/Fil O Grupo Volkswagen tomou pela primeira vez o lugar da Toyota como a maior montadora mundial em vendas, de acordo com dados do primeiro semestre do ano, conquistando uma ambição de longa data 3 anos antes da meta.
A maior montadora japonesa disse nesta terça-feira ter vendido 5,02 milhões de carros entre janeiro e junho, uma queda de 1,5% em comparação com o mesmo período do ano passado e inferior aos 5,04 milhões de veículos vendidos pela Volkswagen anunciado em 17 de julho.

A montadora alemã vem aumentando sua escala sob os 8 anos de administração do presidente-executivo Martin Winterkorn, impulsionado pela adição de marcas e fábricas além da ampliação das vendas na China.
As vendas do Grupo VW, que também incluem as marcas de luxo Audi e Porsche, mais que dobraram no ano passado, chegando a 10 milhões de veículos, enquanto o lucro quase triplicou para 12,7 bilhões de euros (US$ 14 bilhões).
"A VW está capturando a coroa de vendas em tempos difíceis com os maiores mercados automobilísticos em declínio," disse o chefe do centro de gerenciamento automotivo, um grupo de pesquisa próximo a Colônia, Stefan Bratzel.
  
Ranking
A norte-americana General Motors (GM) liderou o ranking global de vendas por décadas, até ser deixada para trás pela Toyota em 2008.

A "coroa" voltou para a GM em 2011, quando a produção da Toyota foi afetada pelo tsunami, mas no ano seguinte o grupo japonês retomou o primeiro lugar - posição que manteve nos últimos 3 anos.
O resultado do primeiro semestre aponta para uma direção, mas as posições podem mudar até o final do ano. Em 2014, a corrida foi bem próxima, com a Toyota emplacando 10,23 milhões de unidades, enquanto a Volkswagen somou 10,14 milhões, e a GM, 9,92 milhões.


Após disputa do Pan, Luciano volta ao Corinthians e vai enfrentar o Vasco

Atacante se reapresenta na tarde desta terça-feira e vai fazer parte do grupo que joga na quarta-feira, em Itaquera. Ele fez cinco gols com a seleção brasileira em Toronto

Por São Paulo
Luciano Brasil x Panamá  pan-americano 2015 (Foto: Washington Alves/Exemplus/COB)Luciano teve bom desempenho no Pan de Toronto (Foto: Washington Alves/Exemplus/COB)
Autor de cinco gols com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos, o atacante Luciano vai se reapresentar ao Corinthians no treino da tarde desta terça-feira, no CT Joaquim Grava. Ele será relacionado para o jogo de quarta contra o Vasco, às 22h (horário de Brasília), na arena.
A princípio, o atacante será apenas opção no banco de reservas. Isso porque Vagner Love será mantido entre os titulares mesmo com o atual jejum – são cinco jogos sem marcar.
Luciano, por sua vez, vem de boa sequência. Entre os gols do Pan, destaca-se um de bicicleta marcado contra o Panamá, na primeira fase. No único jogo em que ficou fora, por suspensão, o Brasil acabou eliminado pelo Uruguai na semifinal. Pelo Corinthians, ele está devendo em 2015: tem apenas um gol em jogos oficiais.
Tite terá ataque completo para enfrentar o Vasco. Além de Love e Malcom, titulares, o técnico terá os suplentes Rildo, Mendoza, Romero e agora Luciano.


Conheça o avião pessoal de Donald Trump

Nada como divulgar sua pré-candidatura à presidência com a ajuda de um Boeing 757

Trump visita cidade no Texas em 23 de julho (Foto: Matthew Busch/ Getty Images)
O bilionário Donald Trump está viajando pelos Estados Unidos para divulgar sua pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos. Ele quer ser o candidato do partido Republicano nas eleições de 2016. Mas, ao contrário de seus concorrentes, ele não precisa se preocupar em como chegar aos lugares. Trump tem o seu próprio avião. E não estamos de um jatinho executivo, mas de um Boeing 757.
O modelo foi comprado pelo empresário em 2011 por US$ 100 milhões (R$ 336 milhões). Anteriormente, a aeronave pertencia a Paul Allen, cofundador da Microsoft. Na época, Trump fez uma reforminha básica, adicionando equipamentos eletrônicos, cobrindo superífcies com ouro e bordando estofados com o brasão da família. O interior da aeronave foi mostrado pela assistente do bilionário, Amanda Miller, em um vídeo tour
+ Donald Trump lidera pesquisas entre candidatos republicanos
A mídia americana chegou a apelidar o Boeing de "Trump Force One", uma brincadeira com o "Air Force One", o avião oficial do presidente dos Estados Unidos. 
Boeing 757 de Donald Trump (Foto: Matthew Busch/ Getty Images)
Cabine do avião de Donald Trump (Foto: Reprodução/ YouTube)
Quarto de Trump na aeronave (Foto: Reprodução/ YouTube)

Presos da Lava Jato dividem 6 celas em galeria com cerca de 100 detentos

16 presos da operação estão no Complexo Médico-Penal, em Pinhais.
Para tomar banho, eles compartilham chuveiros com outros presos.

Do G1 PR
Complexo Médico-Penal (Foto: Reprodução RPC) 
Complexo Médico-Penal fica em Pinhais, na
Região Metropolitana de Curitiba (Foto:
Reprodução / RPC)
Os presos na Operação Lava Jato que estão detidos no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba dividem uma galeria onde ficam cerca de 100 detentos, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp-PR).
No sábado (25), oito presos relacionados à Odebrecht e à Andrade Gutierrez foram transferidos para o presídio. Eles foram detidos no dia 19 de junho, quando a 14ª fase da operação foi deflagrada, tendo como alvo as duas empreiteiras.
Desde então, 16 presos na operação estão detidos no local. A Lava Jato investiga um esquema bilionário de desvio de dinheiro e corrupção na Petrobras.
A Sesp informou que os 16 presos da Lava Jato dividem seis celas, ondem cabem três pessoas. Cada cela tem um banheiro, com um vaso sanitário e uma pia, ainda segundo a pasta. Já para tomar banho, eles dividem chuveiros com os outros detentos da mesma galeria.
Nas celas cabem três presos, que compartilham o banheiro (Foto: Tony Matoso/RPC) 
Nas celas, cabem três presos, que compartilham o banheiro (Foto: Tony Matoso/RPC)
Estão presos no Complexo Médico-Penal:
-Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da holding Odebrecht S.A.
-Alexandrino de Alencar, ex-diretor da Odebrecht
-César Ramos Rocha, ex-diretor da Odebrecht
-Elton Negrão de Azevedo Júnior - executivo da Andrade Gutierrez
-João Antônio Bernardi Filho, ex-funcionário da Odebrecht
-Márcio Faria da Silva, ex-diretor da Odebrecht
-Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez
-Rogério Santos de Araújo, ex-diretor da Odebrecht
-André Vargas, ex-deputado
-Luiz Argôlo, ex-deputado
-Pedro Corrêa, ex-deputado
-João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT
-Mário Góes, empresário e acusado de ser um dos operadores do esquema
-Adir Assad, empresário e acusado de ser um dos operadores do esquema
-Fernando Baiano, acusado de ser um dos operadores do esquema
-Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Pebrobras

Entre os presos da 14ª fase estão Marcelo Odebrecht (à esquerda) e Otávio Azevedo (à direita)  (Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo)) 
Marcelo Odebrecht (à esquerda) e Otávio Azevedo
(à direita) foram transferidos para o presídio no
sábado 25) (Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/
Estadão Conteúdo))
O pedido desta última transferência foi feito pelo delegado da Polícia Federal (PF) Igor Romário de Paula. Ele alegou dificuldades de espaço para manter os detentos na carceragem. O complexo é uma penitenciária de regime fechado e com finalidades médicas.
Ao aceitar o pedido, o juiz federal Sérgio Moro – responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância – disse que "de fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos".
Os demais presos já estavam há mais tempo no local. Antes de serem encaminhados ao Complexo Médico-Penal, todos estavam detidos na carceragem da Polícia Federal, na capital paranaense.
O presídio tem capacidade para cerca de 700 detentos e, atualmente, este é o número de presos no local. O Complexo Médico-Legal recebe os doentes que precisam de internamento, os idosos e as gestantes do sistema prisional. Além disso, policiais e agentes penitenciários presos e detentos com curso superior também podem ficar no local. As informações são da Sesp.
Na sexta-feira (14), o Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça Federal uma denúncia contra os envolvidos na 14ª fase da Operação Lava Jato.
Ala recebe presos com nível superior e policiais militares condenados (Foto: Tony Matoso/RPC) 
Ala recebe presos com nível superior e policiais militares condenados (Foto: Tony Matoso/RPC)

Tapioca com café e o melhor tempero: Amigas! 🌺🌺💥💥
Kida, Ana, Patrícia e Rose... sempre juntas no mar..

FOTO DO DIA: EVERALDO PATO NUMA BIG RIDER BY RAY COLLINS
O brasileiro Everaldo Pato surfa em uma "big rider", de mais de sete metros de altura, um dos um dos maiores swells já vistos em Teahupoo, no Taiti.
Foto: Ray Collins


Suecos insatisfeitos

gripen
Compra de 36 Gripen NG pode não sair
Uma missão sueca desembarcou hoje em Brasília para reuniões no Ministério da Fazenda e no Itamaraty para a última tentativa de fazer o governo brasileiro honrar o que foi acordado sobre as taxas de juros da compra de 36 caças Gripen NG.
Joaquim Levy vem tentando renegociar a compra alegando dificuldades econômicas por parte do governo brasileiro.
Os suecos estão à beira de desistir do negócio de 5,4 bilhões de dólares.

domingo, 26 de julho de 2015


Odebrecht e Andrade Gutierrez terão de ressarcir mais de R$ 7 bi, diz MPF

Presidentes das 2 empresas foram denunciados pelo MPF na sexta (24).
Empresas são acusadas de participar de esquema de fraudes na Petrobras.

Adriana Justi e Marcelo Rocha Do G1 PR e da RPC TV
A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra executivos da construtora Odebrecht e da Andrade Gutierrez, na sexta-feira (24), aponta que as duas empresas terão de ressarcir mais de R$ 7 bilhões aos cofres públicos. Desse total, R$ 486.468.755,21 são referentes à Andrade Gutierrez e R$ 6.766.022.202,30 referem-se à Odebrecht. As empresas são as duas maiores construtoras do Brasil.
Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas. Na lista aparecem ainda os nomes do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, do ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque e do ex-gerente de Serviços Pedro Barusco.
De acordo com o MPF e a Polícia Federal, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez agiam de forma mais sofisticada no esquema de corrupção e fraudes de licitações da Petrobras. Elas formavam um cartel, obtendo preços favoráveis e, com isso, lucros extraordinários. Parte desse lucro excedente era usada para pagar propina a agentes públicos e partidos políticos, conforme os procuradores.
A denúncia também aponta que as duas empresas pagaram mais de R$ 600 milhões em proprina em onze contratos que firmaram com a Petrobras.
Do montante total devido pela Odebrecht, R$ 5.987.800.000,00 referem-se aos danos causados por contratos com a Braskem na compra de nafta, um produto essencial para fazer plástico, segundo a denúncia.
A Braskem é uma empresa petroquímica do Grupo Odebrecht que atua em participação com a Petrobras.
Nesta transação, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro, teria recebido propinas de R$ 5 milhões por ano. Parte desse dinheiro era direcionada ao ex-deputado José Janene (PP), já falecido, e posteriormente ao próprio Partido Progressista, afirmou o procurador Deltan Dallagnol.
Desde o início da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014, R$ 840 milhões já foram recuperados, segundo Dallagnol. Além desse valor, mais de R$ 2 bilhões estão bloqueados em contas no Brasil e no exterior.
Lista dos denunciados por processo
Odebrecht
- Alberto Youssef, doleiro
- Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, ex-diretor da Odebrecht
- Bernardo Schiller Freiburghaus, suspeito de lavar dinheiro de propina da Odebrecht
- Celso Araripe d’Oliveira, funcionário da Petrobras
- Cesar Ramos Rocha, ex-diretor da Odebrecht
- Eduardo de Oliveira Freitas Filho, sócio-gerente da empreiteira Freitas Filho Construções Limitada
- Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da Odebrecht S.A.
- Márcio Faria da Silva, ex-diretor da Odebrecht
- Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
- Paulo Sérgio Boghossian, ex-diretor da Odebrecht
- Pedro José Barusco Filho, ex-gerente de Serviços da Petrobras
- Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras
- Rogério Santos de Araújo, ex-diretor da Odebrecht
Andrade Gutierrez
- Alberto Youssef, doleiro
- Antônio Pedro Campello de Souza Dias, ex-diretor da Andrade Gutierrez
- Armando Furlan Júnior, sócio de Fernando Soares
- Elton Negrão de Azevedo Júnior, diretor-executivo da Andrade Gutierrez
- Fernando Falcão Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano
- Flávio Gomes Machado Filho, filho de Mário Góes e suspeito de operar propina
- Lucélio Roberto von Lechten Góes, lobista suspeito de atuar para a Odebrecht
- Mario Frederico Mendonça Góes, lobista suspeito de atuar para a Odebrecht
- Otávio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez
- Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
- Pedro José Barusco Filho, ex-gerente de Serviços da Petrobras
- Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras
- Rogério Santos de Araújo, ex-diretor da Odebrecht

sábado, 25 de julho de 2015


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Oito presos da Operação Lava Jato são transferidos para penitenciária

Entre eles estão os presidentes da Andrade Gutierrez e Odebrecht S.A.
Presos foram levados ao Complexo Médico-Penal, na Região de Curitiba
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Adriana Justi e Rodrigo Saviani Do G1 PR
Oito presos da 14ª fase da Operação Lava Jato, que estavam detidos na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, foram transferidos para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense, por volta das10h deste sábado (25).
Entre eles estão o presidente da Odebrecht S.A, Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. O grupo deixou a Superintendência em uma van e sob escolta policial.
Um vídeo feito pelo cinegrafista da RPC Elcio Branco flagrou o momento em que Otávio Azevedo saía da Superintendência da PF. Ele se desequilibrou com as malas e quase caiu. Assista ao vídeo acima.
O pedido de transferência foi feito pelo delegado Igor Romário de Paula. Ele alegou dificuldades de espaço para manter os detentos na carceragem. O complexo é uma penitenciária de regime fechado e com finalidades médicas.
Ao acatar o pedido, Sérgio Moro disse que "de fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos".
"Por outro lado, a ala específica do Complexo Médico Penal disponibilizada pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná é local adequado para a acomodação dos presos no sistema prisional estadual, talvez até com melhores condições do que as da carceragem da Polícia Federal", complementou o juiz.
Presos foram levados para o complexo em uma van e sob escolta policial  (Foto: Diego Sarza / RPC) 
Oito presos foram levados para o complexo em uma van e sob escolta policial (Foto: Diego Sarza / RPC)
Foram transferidos
Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da holding Odebrecht S.A.
Alexandrino de Alencar, ex-diretor da Odebrecht
César Ramos Rocha, ex-diretor da Odebrecht
Elton Negrão de Azevedo Júnior - executivo da Andrade Gutierrez
João Antônio Bernardi Filho, ex-funcionário da Odebrecht
Márcio Faria da Silva, ex-diretor da Odebrecht
Otávio Marques de Azevedo - presidente da Andrade Gutierrez
Rogério Santos de Araújo, ex-diretor da Odebrecht

Atualmente, oito presos da Lava Jato estão detidos no complexo médico. São eles: André Vargas, Luiz Argôlo, Pedro Corrêa, João Vaccari Neto, Mário Góes, Adir Assad, Fernando Baiano e Renato Duque.
 
Denúncia
O Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça, na sexta-feira (24), uma denúncia contra executivos da construtora Odebrecht e da Andrade Gutierrez investigados na Operação Lava Jato. Entre os denunciados estão Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo.

Também aparecem os nomes do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, do ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque e do ex-gerente de Serviços Pedro Barusco.
Nota Odebrecht
Leia a nota da Odebrecht na íntegra:

A Odebrecht considera que o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná feito hoje é o marco zero do início do trabalho da defesa. A partir de agora, os advogados poderão conhecer as alegações imputadas aos executivos investigados, assim como será possível analisar o conjunto de documentos apresentado pela acusação, o que viabilizará, finalmente, o devido exercício do direito de defesa.
No entanto, as alegações apresentadas pelo MPF, de forma midiática e escandalosa na tarde de hoje, não justificam, em hipótese alguma, a manutenção da prisão arbitrária e ilegal do diretor presidente do Grupo, Marcelo Odebrecht e de quatro ex-executivos. Muito menos justificam a surpreendente decretação de nova prisão preventiva, com a revogação da anterior, num claro movimento para anular os efeitos dos pedidos de habeas corpus perante o STJ.
Sobre o pedido de cooperação enviado pelos procuradores da Suíça, a Odebrecht buscará todos os esclarecimentos junto às autoridades competentes naquele país para que os fatos sejam devidamente apurados. Note-se que enquanto o Ministério Público da Suíça busca informações para ampliar suas investigações, no Brasil os procuradores atribuem aos mesmos dados o peso da mais absoluta verdade. Mais uma vez verifica-se que enquanto o MPF diz que trabalha com fatos, na verdade, vemos juízos de interpretação, suposições e alegações desconexas e descontextualizadas.
Os advogados lamentam a exposição pública de todo o processo e a falta de critérios na divulgação de documentos vazados a conta gotas, sem nenhum pudor, chegando a expor, desnecessariamente, até mesmo as famílias dos executivos.
Nota Andrade Gutierrez
Leia a nota completa da Andrade Gutierrez:

A Andrade Gutierrez informa que os advogados ainda estão estudando a peça apresentada hoje pelo Ministério Público Federal. No entanto, pelas informações passadas pela equipe do MPF na coletiva de imprensa, o conteúdo da denúncia apresentada contra seus executivos e ex-executivos parece não trazer elementos novos além dos temas já discutidos anteriormente, e que já foram devidamente esclarecidos no inquérito. Infelizmente, até o momento, os devidos esclarecimentos e provas juntadas não foram levados em consideração. A empresa entende que o campo adequado para as discussões, a partir desse momento, é o processo judicial, onde concentrará essa discussão, buscando a liberdade dos executivos e a conclusão pela improcedência das acusações. A empresa reitera que não pretende participar dessas discussões através da mídia.

Romário tem conta milionária na Suíça - e não a declarou ao Fisco

Por: Thiago Prado e Leslie Leitão - Atualizado em
Romário no Senado: da tribuna, o ex-craque dispara lições de ética e denuncia falcatruas. Conta não declarada à Receita pode tisnar esse discurso
Romário no Senado: da tribuna, o ex-craque dispara lições de ética e denuncia falcatruas. Conta não declarada à Receita pode tisnar esse discurso(Pedro Ladeira/Folhapress)
Quem o vê na tribuna do Senado, fustigando os cartolas do futebol com acusações de irregularidades e à frente de uma CPI sobre falcatruas na Confederação Brasileira de Futebol, se impressiona: Romário de Souza Faria, 49 anos, ídolo da seleção, firma-se cada vez mais na política com um vigoroso discurso em defesa da ética e da lisura. A postura, apimentada por seus comentários afiados, é tão bem-sucedida entre os eleitores que o levou a ganhar com folga a disputa pelo Senado no Rio de Janeiro, na eleição do ano passado, e o coloca agora no topo das pesquisas sobre os mais cotados para a prefeitura do Rio em 2016. Tamanha popularidade acaba por deixar na sombra uma flagrante incongruência entre o Romário senador e o Romário cidadão: na vida pessoal, o ex-jogador é notório por suas pendências financeiras. Uma delas está nas mãos do Ministério Público Federal: um extrato de uma conta bancária em nome de Romário no banco suíço BSI, com sede em Lugano, no valor de 2,1 milhões de francos suíços, o equivalente a 7,5 milhões de reais. A pequena fortuna não aparece na declaração oficial de bens encaminhada por Romário à Justiça Eleitoral em 2014. Romário disse a VEJA que nunca ouviu falar da conta: "Até agradeço por me informarem. Se for dinheiro meu, vou buscar".
No extrato consta um crédito de rendimentos em aplicações no período de um ano a partir de 31 de dezembro de 2013, o que fez elevar o saldo aos mais de 7 milhões de reais atuais. A data do documento é 30 de junho de 2015. Ter dinheiro no exterior não é proibido. No caso de Romário, isso não necessariamente levanta suspeitas sobre sua origem, pois ele jogou em grandes clubes europeus, recebendo em moeda forte. "Abri contas na Holanda e na Espanha e, para ser sincero, não sei se fechei. Mas nunca mais movimentei", diz Romário. Brasileiros com conta em bancos estrangeiros e saldo acima do equivalente a 100 000 dólares devem informar à Receita Federal, que cobrará o imposto devido. Em 1997, quando jogava no Valencia, da Espanha, Romário foi autuado pelo Fisco por ter aberto empresas nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal, e para lá transferido aplicações e propriedades. O objetivo era escapar dos impostos. Só o valor que consta no extrato do BSI em nome de Romário supera em quase seis vezes o patrimônio total declarado por ele à Receita Federal, como é exigido de candidatos a cargos eletivos. Romário informou à Receita que seu patrimônio total era de 1,3 milhão de reais, entre imóveis, terrenos, cotas de empresas e aplicações financeiras.
A conta não declarada na Suíça passa a ocupar o topo da lista de enroscos financeiros de Romário em tempos recentes. Quando se examina o comportamento dele nessa área, não naquela em que reinou, fica evidente que o Baixinho é mau pagador. A lista de faturas em aberto no Rio de Janeiro vai de condomínios a pensão de filhos, passando pelo Fisco e pelo INSS. Só em impostos federais, Romário acumula pendências em torno de 2 milhões de reais. O senador já foi citado em 28 processos por dívidas e chegou a ser condenado em várias instâncias por sonegação fiscal. Parte dos processos subiu ao Supremo Tribunal Federal. O craque estava a um passo de ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e só escapou por ter, finalmente, desembolsado 1,4 milhão de reais, renegociando o restante.
Um apartamento de Romário, avaliado em 4 milhões de reais, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste carioca, quase foi a leilão há poucos meses por falta de pagamento de 600 000 reais em taxas de condomínio. Na última hora houve acordo, e a dívida está sendo renegociada. Se Romário o perdesse, seria reincidência: em 2009, ele foi obrigado a entregar uma cobertura de 8 milhões de reais no luxuoso condomínio Golden Green, também na Barra. O imóvel foi leiloado por falta de pagamento de taxas. Quando o empresário Edson Bueno, então dono da Amil e comprador do imóvel, pegou as chaves, ficou impressionado com o estado de depredação. Romário diz que arrancou um aparelho de ar condicionado. Outras duas propriedades dele foram tomadas pela Justiça para quitar dívidas.
Romário não leva uma vida modesta. Ele circula pelo Rio de Janeiro em uma Ferrari vermelha, que, por via das dúvidas, registrou no nome de uma ex-­mulher. Seus bens são condizentes com os ganhos de quem já foi o jogador mais bem pago do Brasil - no Flamengo, recebia 320 000 reais por mês, em valores atuais. Da experiência, aprendeu que ganhar dinheiro é bom; gastar, nem tanto. Vitorioso na política - na qual entrou como deputado federal e, na eleição seguinte, já se transferiu para o Senado com votação recorde -, em 2013 amea­çou deixar seu partido, o PSB, e viu-se alvo de intensa disputa por seu passe. Quatro caciques de diferentes siglas envolvidos nas negociações disseram a VEJA que Romário é pragmático e a medida do seu interesse passava sempre por alguma recompensa. Acabou ficando no PSB. Expoentes de seu círculo contam que a recompensa nesse caso seria o pagamento do aluguel da mansão de 10 milhões de reais onde ele mora em Brasília. Tanto o partido como o senador negam o arranjo. Saldar o que deve, tudo indica, ele pode. Calcula-se que Romário tenha rendimentos anuais de 5 milhões de reais, entre campanhas publicitárias e pagamentos atrasados. Só do Flamengo, ele ainda recebe 159 000 reais por mês. O salário de senador é de 33 700 reais. Quando se esclarecerem as circunstâncias de sua conta no BSI, o Baixinho vai ter mais alguns milhões de razões para driblar seus credores.

sexta-feira, 24 de julho de 2015


Dólar turismo ultrapassa R$ 3,70 em agências de câmbio

Alta da divisa sofre influência da redução da meta fiscal e do Orçamento do governo

por

Painel em casa de câmbio no Rio mostra cotações de moedas estrangeiras - Alexandre Cassiano / 23/07/2015 / Agência O Globo

RIO - O dólar americano mantém a trajetória de alta nesta sexta-feira como resposta à ação do governo de redução da meta fiscal e cortes adicionais no Orçamento da União, anunciados na quarta-feira. A cotação do dólar comercial chegou à máxima de R$ 3,34 hoje, o que marca o maior valor em 12 anos. O dólar turismo, vendido em bancos e casas de câmbio a quem vai viajar, respondeu à alta. A divisa era encontrado pelo manhã no Rio acima de R$ 3,70, já com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
No Bradesco, o valor cobrado pelo dólar para carregar cartões pré-pago era de R$ 3,72 pela manhã, já com a incidência do IOF, de 6,38%. Para compra a moeda americana em espécie era preciso desembolsar R$ 3,55, também já incluído o IOF de 0,38%.
No Banco do Brasil, o valor cobrado no câmbio era bem mais atrativo: o dólar era negociado pela manhã a R$ 3,44 em papel-moeda e a R$ 3,62 no plástico.
Na corretora Cotação, a recarga em cartão era vendida a R$ 3,70 enquanto a divisa dos Estados Unidos em papel-moeda custava R$ 3,52 – ambos os valores já com a inclusão do imposto.
A Western Union cobrava R$ 3,46 pelo papel-moeda do dólar e R$ 3,65 no plástico. Na agência Ultramar Câmbio, a moeda americana saía a R$ 3,50 (espécie) e R$ 3,70 (cartão pré-pago) — também com acréscimo das taxas do IOF.
Já a TOV Corretora vendia o dólar em dinheiro vivo a R$ 3,44 e o crédito no cartão pré-pago a R$ 3,64, ambos já com imposto.