EMAIL: tadashienomoto@hotmail.com
////FONES:(085) 9991.6655 e 8696.0180 - Fortaleza - Ceará - Brasil
domingo, 19 de julho de 2015
Lula nega lobby e diz que só recebeu por palestras
Odebrecht seria beneficiada; BNDES: ex-presidente não interfere em processos
por Chico de Gois, Eduardo Bresciani e Francisco Leali
/
Atualizado
BRASÍLIA — O Instituto Lula negou que o ex-presidente Lula faça lobby
ou pratique tráfico de influência. A assessoria do petista disse que
ele não atuou em favor da Odebrecht na privatização da Empresa Geral de
Fomento (EGF). “Como o documento mostra, ele comentou o interesse da
empresa brasileira pela empresa portuguesa. Que, aliás, era público há
muito tempo (…) São inúmeras as empresas brasileiras que acompanham com
interesse o processo de privatizações em curso em Portugal.” Perguntado se Lula havia recebido pagamento para fazer lobby para a
Odebrecht, a assessoria negou. “Não. O ex-presidente não recebeu, não
recebe e jamais receberá qualquer pagamento de qualquer empresa para dar
consultoria, fazer lobby ou tráfico de influências”. E afirma que, no
caso da Odebrecht, ele ganhou para fazer palestras.
A
Odebrecht também citou palestras de Lula como justificativa para as
viagens. “As visitas a Cuba foram realizadas durante outras viagens do
ex-presidente a países nos quais realizou palestras”, disse em nota. A
empresa afirma que seus representantes acompanharam Lula em visitas ao
Porto de Mariel pelo fato de a empreiteira ser a construtora da obra.
Sustenta que os convites para visitar o porto partiram de Cuba. Em
relação à atuação do ex-presidente em Portugal, a empresa apenas
confirmou os fatos de que Lula teve as despesas pagas pela Odebrecht em
2013, quando realizou uma palestra, e de que a empreiteira tinha
interesse na EGF. Não houve comentário sobre a conversa de Lula com o
primeiro-ministro português sobre o caso. O Instituto Lula disse que o ex-presidente não agendou reunião para o
embaixador do Zimbábue no Brasil, Thomas Bvuma, no BNDES. “O
ex-presidente não agendou uma reunião. O evento ao qual o telegrama se
refere, no dia 3 de maio de 2012, foi público, um grande seminário
comemorativo dos 60 anos do banco, com mais de 500 pessoas presentes,
entre elas embaixadores ou delegações de todos os países africanos, na
sede do BNDES”.
ADVERTISEMENT
O
BNDES disse que foram disponibilizados espaços para reuniões privadas
no âmbito do seminário, mas disse não ter informação sobre reunião com
Bvuma. O banco afirmou que Lula “não interferiu, nem poderia ter
interferido, em nenhum processo do BNDES” porque os financiamentos
“seguem todos os critérios impessoais de análise”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário