sexta-feira, 30 de setembro de 2016


Moro decreta prisão preventiva de Palocci

Ex-ministro e seu assessor, Branislav Kontic, teriam retirado desktops para ocultar provas

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O ex-ministro Antonio Palocci está detido desde a última segunda-feira, em Curitiba - Geraldo Bubniak / Agência O Globo / Arquivo / 26/09/2016
SÃO PAULO - O ex-ministro Antonio Palocci e seu assessor Branislav Kontic tiveram prisão temporária convertida em prisão preventiva, por tempo indeterminado, pelo juiz Sérgio Moro. Os dois estão desde a última segunda-feira na sede da Polícia Federal em Curitiba, quando foram presos na 35ª Fase da Lava-Jato, a Operação Omertá.

Moro decidiu pela preventiva depois que o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que desktops foram retirados da sede da empresa de Palocci, a Projeto, e que o fato é indicativo de que Palocci e Kontic ocultaram elementos úteis à investigação. Quando os policiais federais chegaram, encontraram as mesas apenas com monitores, móveis e teclados. Os fios dos desktops estavam desconectados. Ouvido pela PF, Kontic teria dito que os desktops foram retirados por serem antigos, mas os procuradores argumentaram que as imagens registradas pela PF indicam que os equipamentos eram "bastante novos e em ótimo estado".
O MPF afirmou ainda que há provas de que Palocci recebeu R$ 32,7 milhões em dinheiro em espécie, com entregas que relacionam a planilha “Italiano”, da empreiteira Odebrecht. Os procuradores dividiram as entregas em três lotes: R$ 16,2 milhões, divididos em 17 entregas de recursos em espécie entre julho e setembro de 2010; R$ 15 milhões em nove entregas entre outubro e novembro do mesmo ano e R$ 1,5 milhão vinculado a pessoa identificada pelo codinome “Menino da Floresta” na planilha da empreiteira.


SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

STJ afasta desembargadores acusados de vender liminares no Ceará

O Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) abriu sindicância contra os magistrados. Os assessores e oficiais de gabinete vinculados aos desembargadores também foram exonerados de seus cargos

20:43 | 29/09/2016
Decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou os desembargadores Francisco Pedrosa e Sérgia Miranda. Os dois haviam sido conduzidos coercitivamente nesta quinta-feira, 29, para prestar depoimento durante a 2ª fase da Operação Expresso 150, da Polícia Federal, que investiga o esquema de venda de liminares em plantões judiciais.
Diante da investigação, a presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), Maria Iracema Martins do Vale, instaurou sindicância contra os magistrados. Os assessores e oficiais de gabinete vinculados aos dois desembargadores também foram exonerados de seus cargos.
"Os possíveis acontecimentos apontados na investigação, incompatíveis com o exercício da função jurisdicional, não refletem a postura da magistratura cearense e, por isso, devem receber o rigoroso tratamento que as leis preveem e a ética e a moralidade pública impõem", disse a presidente do TJ por meio de nota.

Operação
A PF cumpriu 24 mandados de condução coercitiva e 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STJ, nesta quarta-feira, 28. Os alvos da operação foram os desembargadores Francisco Pedrosa e Sérgia Miranda e o desembargador aposentado Váldsen Alves Pereira.

Na 2ª fase da Operação Expresso 150, a PF investiga crimes como associação criminosa, corrupção passiva, tráfico de influência, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Ao todo, 110 policiais federais participaram da ação.

A investigação da PF também colheu diálogos feitos pelo aplicativo WhatsApp. As conversas giram em torno de acertos sobre a venda de liminares.

LEIA DIÁLOGOS ENTRE ADVOGADOS NO CEARÁ

Acertos sobre venda de liminares aconteciam pelo Whatsapp

Documento do Superior Tribunal de Justiça reproduz conversas entre advogados e parentes de desembargadores investigados. A negociação garantia a liberdade de criminosos nos plantões do TJ-CE

11:48 | 29/09/2016
DIÁLOGOS COLHIDOS NA INVESTIGAÇÃO (*)

Conversa por WhatsApp entre advogados Michel Coutinho e Carlos Eduardo Miranda, sobre plantão do desembargador (hoje aposentado) Paulo Timbó: Dia 21/12/2013
Michel – Rapaz hoje eh Paulo Timbo! Não cabe mais carro no estacionamento do TJ
Eduardo – Vixeee
Eduardo - To tentando falar com o nosso amigo
Michel – Hoje a liminar da no meio da canela
Eduardo – Égua
Michel – Tradição!
Eduardo – Isso
Michel – Tem só 25 advs aqui
Michel – Sendo que cada adv traz no mínimo 2
Eduardo – To indo me encontrar agora
Eduardo – Amanhã teremos notícias

Conversa entre advogados Michel Coutinho e Fernando Carlos de Oliveira Feitosa, filho do desembargador Carlos Feitosa. Investigação aponta que ele estaria atuando como intermediário para negociar decisões judiciais: (Dia 21/6/2012)
Michel – Kd os doc filhote!?
Fernando – Deixa de ser gaiato!! Se não for 50 não ganho nada!! Vamos dividir 10 meio a meio ok!? Ai dou 40 para o pessoal resolver!! Abs
(...)
Fernando – Td certo viu!? Melhore em 2 mil pra mim, to ganhando só 5 nisso!! Já esta td certo e autorizado ok!? Meio dia pode dar entrada ok!? O dindin vc vai entregar ao baldim, meu irmão ok!? Abs e até amanha!!
(...)
Fernando – Faz a transferencia para minha conta sem pro!!! Qdo tiver ok lhe digo a quem (baldim ou marcelo) vc vai entregar ok!?
Michel – Amigo meio dia pode ser! Outra coisa: hoje so tenho 25 em mãos, ficou muito em cima da hora, mas os outros 20 ta na conta. Se vc quiser faço ainda hoje transferencia para alguma conta. Caso contrario amanha ta na mão, sem qualquer atraso!
Michel – Outra coisa: o Marcelo tem 3 já na conta dele para me dar, de uma comissão de um caso que passei para ele, na área empresarial. Ele pode te entregar, pode ser? Fica só 17
Fernando – Não sei se vou fazer com ele!! Só se o baldim nao puder me ajudar, pois o Fortal vem aí e eu quero ajudar o garoto!! Caso contrario, aí farei com o Marcelo ok!? Quer pegar os dados bancários!? Vc vai me dar 25 em cash e 20 na transferencia né!?

Conversas no grupo “Racha do Megacu”, de WhatsApp, administrado pelo advogado Fernando Feitosa, conhecido pelos amigos como “Chupeta” e filho do desembargador Carlos Feitosa. A investigação aponta que os diálogos mencionam negociações envolvendo o plantão da desembargadora Sérgia Miranda: (Dia 14/12/2012)
Fernando – Marquim e teu HC!?
Marquim Racha – Ta pronto
Marquim Racha – Olha aki
Fernando – Hym
Marquim Racha – Para quem n tinha
Marquim Racha – Michel
Marquim Racha – E plantonista de plantão kkk
Latera – Vai ser gordo esse Natal do chupeta
Fernando – Ah se fosse!!
Marquim Racha – Pegou slow o plantão
Latera – Lógico
Latera – 250
Fernando – Kkkkkkkk
Latera – É 20 meu, 30 pro pai dele, e os 200 pro chupeta
Fernando – Kkkkkkkkkkk
Picapau – O homem vai ser homenageado pelo CNj Por ter batido o recorde de produção num mesmo dia!
Cabeça – Kkkkkkkkkkk
Fernando – Nada disso, a Sergia Miranda abriu foi as portas do presidio no ultimo plantão dela!
Fernando – Foram 8 HC’S
Latera – Caralho, 8 x 30 = 240, se deu bem Chupeta
Fernando – Num foi comigo não! Um amigo participou de 5! Botou 250 no bolso
Marquim Racha – 8 HC? Putaria
Latera – Só perdeu pro plantão do Timbó, que concedeu 25 de 31 HC

Outra conversa em grupo de WhatsApp, anunciada por Fernando Feitosa, sobre possibilidade de negociar decisões no plantão do dia 26/5/2013, da desembargadora Sérgia Miranda: (Dia 18/5/2013)
Fernando – Trago uma boa noticia
Fernando – Sábado tem plantão ok, sergiaMiranda
Fernando – Traga seu HC, seu agravo, resolvemos
Fernando – Att: a Presidência

Diálogo entre os advogados Fernando Feitosa e João Paulo Bezerra Albuquerque (data não informada):
João Paulo – Presidente, tem como baixar o preço do ingresso no plantão.? O cara da trabalho não. Ta achando caro o infeliz. Amanhã vou falar com ele de novo e apareço no seu escritório amanhã ou terça.
Fernando – Faz uma pergunta pra ele: fulano, prefere o réveillon no aterro da praia de Iracema, tudo de branco, bebendo tds ou trancado nessa cela só com marginal!? Em coisas que só um plantão faz por você, para outras coisas nem Mastercard :)

Conversa entre Fernando Feitosa e Michel Coutinho, sobre a situação processual de um dos condenados pelo furto ao Banco Central de Fortaleza (Francisco Laurindo dos Santos): dia 11/12/2012
Michel – Chupeta, a competência agora êh da Justiça Estadual. Execução Definitiva. Da para liberar no plantão, pois a Vara de Execuções tá parada no Recesso. HC.
Fernando – Libero na hora.
Michel – Vamos dialogar

Diálogo entre Emília Maria Castelo Lira, mulher do desembargador Francisco Pedrosa, e Jéssica Melo, esposa do advogado Michel Coutinho. Na conversa, Emília antecipa qual seria o voto do marido num processo: (dia 18/12/2014)
Jéssica – Amiga, faz um favor p/ mim?
Emília – Façosimmmmm
Jéssica – Meu amor falou que tem um HC que voltou da PGJ ontem e já ta na pauta de hoje Por isso não tivemos tempo de conversar com o Desembargador!
Emília – Qual é?! É o q está com ele?! Quem é o Relator?!
Jéssica – Foi aquele que ele concedeu a liminar no plantão
(...)
Emília – O meu amor é o relator é isso?!
Jéssica – É!
Emília – Farei tudo Te digo já alguma coisa 1 seg
Jéssica – Certo! Obrigada!
Emília – Esta na pauta. O voto do meu amor é favorável... Tem apenas q esperar os demais...

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Apartamento a venda no Breezers Cumbuco.... defronte para o mar...maravilhoso... aceito proposta

Consulta: Tadashi  Corretor (85)99991.6655 whatsapp













































Preso, ex-ministro Antônio Palocci deve prestar depoimento nesta quinta

Branislav Kontic também será interrogado nesta quinta, a partir das 10h.
Depoimento de Palocci está marcado para as 14h, na PF, em Curitiba.

Adriana JustiDo G1 PR
Palocci foi alvo da 35ª fase da Operação Lava Jato nesta segunda-feira (26) (Foto: Giuliano Gomes/ PRPress)Antônio Palocci é alvo da 35ª fase da Operação Lava Jato (Foto: Giuliano Gomes/ PRPress)
O ex-ministro Antônio Palocci, que foi preso temporariamente na 35ª fase da Operação Lava Jato, deve prestar depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba, a partir das 14h desta quinta-feira (29). Branislav Kontic que atuou como assessor na campanha do ex-ministro em 2006, também deve ser interrogado, a partir das 10h.

Após ser morto em ataque, corpo de Zé Gomes é velado em Itumbiara

Vice-governador de GO, José Eliton também foi baleado e está internado.
Homem atirou em quatro pessoas durante carreata e foi morto.

Murillo Velasco e Paula ResendeDo G1 GO, em Itumbiara e em Goiânia
Começou na manhã desta quinta-feira (29) o velório do corpo do candidato à Prefeitura de Itumbiara José Gomes da Rocha (PTB), de 58 anos, conhecido como Zé Gomes, que foi morto durante um atentado em uma carreata em Itumbiara, no sul goiano. O ataque ainda provocou a morte de um PM e deixou dois feridos, entre eles o vice-governador de Goiás, José Eliton (PSDB).
O ataque aconteceu na quarta-feira (28). Um vídeo mostra quando o atirador desce de um carro e dispara contra o veículo em que os políticos estavam (veja abaixo). O criminoso foi identificado como Gilberto Ferreira do Amaral, de 53 anos, funcionário da Prefeitura de Itumbiara. Ele foi morto por seguranças do governo.
Além do atirador e de Zé Gomes, morreu no ataque o cabo da PM Vanilson João Pereira, de 36 anos, que fazia a segurança do vice-governador. O corpo dele também é velado em Itumbiara, mas na sala de uma funerária.
O velório de Zé Gomes começou às 7h com entrada permitida apenas para amigos e familiares, no Teatro Municipal Maria Pires Perillo. Cerca de uma hora e meia depois, a entrada para a população foi liberada.



Enquanto Cristiano Ronaldo estava em Dortmund, concentrado para enfrentar o Borussia na última terça-feira, um de seus "brinquedinhos" passou por apuros na Espanha. A imprensa local trouxe à tona nesta quinta que o jatinho que pertence ao craque do Real Madrid sofreu um acidente no aeroporto de Barcelona na última segunda: o trem de pouso do avião teve problemas e foi danificado no momento da aterrissagem, levando a aeronave a sair da pista. De acordo com o jornal "Sport", ninguém ficou ferido com o acidente, que levou uma parte da pista a ser fechada temporariamente. O Gulfstream G200 foi comprado por CR7 no fim do ano passado e teria custado cerca de € 19 milhões (R$ 68,6 milhões atualmente).

Cristiano Ronaldo avião
Cristiano Ronaldo avião
Foto: Reprodução/Sport

terça-feira, 27 de setembro de 2016



Lava Jato apura contatos de Odebrecht com Palocci desde 2004

O petista usava o codinome "italiano"
27/09/2016 - 14h52 - Atualizada às 14h55 - POR ESTADÃO CONTEÚDO
Antônio Palocci foi ministro dos governos Lula e Dilma (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Um conjunto de mensagens de e-mail reunidas pela Polícia Federal no pedido de prisão do ex-ministro Antonio Palocci, alvo central da 35ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira, 26, indica o "relacionamento" de Marcelo Bahia Odebrecht com "Italiano" - codinome usado para identificar o petista na empreiteira - desde 2004, quando Palocci era titular do Ministério da Fazenda, no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

"'Italiano' possui relacionamento com Marcelo Bahia Odebrecht pelo menos desde 2004", informa Relatório da Polícia Federal 124/2016, anexado aos ao pedido de prisão de Palocci. Batizada de Operação Omertà, a 35ª fase aponta o ex-ministro como responsável pelo recebimento de pelo menos R$ 128 milhões em propinas para o esquema do PT na Petrobras e em outras áreas.
"Tal indivíduo ('Italiano, ou Palocci') possuía elevado grau de penetração política, o que significa, como também será demonstrado, que detinha cargos de relevo no Executivo e Legislativo e capacidade e efetividade para alteração de quadros políticos em relação a contratação na esfera federal", registra o documento.Palocci foi preso temporariamente nesta segunda-feira, por ordem do juiz federal Sérgio Moro.
Uma mensagem reunida pela PF, encaminhada pelo usuário da conta "pleao@br.odebrecht.com", em 3 de maio de 2004, a João Pacífico Ferreira, diretor da Odebrecht, "há menção de atuação junto a governadores de Estados". O assunto é relacionado à "recuperação da ferrovia que liga Bauru (SP) à Corumbá (MS), ao que parece, a partir de arranjo prévio de tal indivíduo com Marcelo Bahia Odebrecht."

Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo viram réus na Lava Jato

Segunda Turma do STF recebeu denúncia apresentada pela PGR contra a senadora e seu marido, ex-ministro do Planejamento, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro
Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu hoje (27) denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Com a decisão do colegiado, os dois passam à condição de réus nas investigações da Operação Lava Jato.
Em maio, o casal foi denunciado ao Supremo sob a acusação de ter recebido R$ 1 milhão para a campanha da senadora em 2010. De acordo com depoimentos de delatores na Lava Jato, o valor é oriundo de recursos desviados de contratos da Petrobras. Ambos foram citados nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Os ministros seguiram o voto do relator, ministro Teori Zavascki. Para o ministro, a denúncia descreveu a conduta individual dos acusados e indicou que Paulo Bernardo solicitou o pagamento ao ex-diretor, que determinou a Youssef a entrega dos recursos, por meio de uma pessoa interposta.
Ao contrário do que sustentou as defesas, Zavascki afirmou que não houve contradições nos depoimentos dos delatores.
"Em declarações prestadas nos autos de colaboração premiada, Alberto Youssef não só confirmou a realização da entrega de valores, detalhando a maneira como procederam os pagamentos, reconhecendo, ainda, mediante fotografia, a pessoa do denunciado Ernesto Rodrigues, como responsável por receber a quantia da denunciada Gleisi Hoffmann", afirmou o ministro.
O entendimento do relator foi acompanhado pelos ministros Celso de Mello, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.
Pela acusação, o subprocurador da República Paulo Gonet, representante da Procuradoria-Geral da República (PGR), disse que os denunciados tinham plena ciência do esquema criminoso na Petrobras e da "origem espúria" dos valores recebidos por meio de Ernesto Kugler Rodrigues, empresário ligado ao casal, que teria intermediado o repasse de Paulo Roberto Costa. Rodrigues também foi denunciado.
"Paulo Roberto Costa esperava, com esse repasse de quantias obtidas criminosamente, colher o apoio do casal denunciado para permanecer nas suas funções de diretor da Petrobras.", disse Gonet.
Outro lado
No julgamento, o advogado da senadora, Rodrigo Mudrovitsch, disse que as afirmações de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef foram desmentidas ao longo das investigações da Operação Lava Jato. Para a defesa, a acusação contra o casal foi baseada somente em supostas iniciais de Paulo Bernardo, encontradas em uma agenda de Costa, durante as investigações.
"Nós temos dois colaboradores premiados, ambos beneficiados e premiados por sua colaboração, que apontam dois trilhos de investigação completamente díspares e desconexos entre si. O que há aqui até agora, é simplesmente uma anotação unilateral PB 1,0.", disse Mudrovitsch.
A advogada de Paulo Bernardo, Verônica Stermann, afirmou que o ex-ministro não tinha responsabilidade sobre a manutenção de diretores na Petrobras. Além disso, segundo a defesa, Youssef e Costa confirmaram que não receberam pedidos de repasse de propina de Paulo Bernardo.
A defesa de Ernesto Kugler Rodrigues defendeu a rejeição da denúncia por entender que não há descrição sobre a participação dele nos crimes de lavagem de dinheiro e de corrupção, que teriam ocorrido pela suposta intermediação do recebimento de R$ 1 milhão.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016


operação Maus Caminhos

Wesley Safadão não é gerenciado por empresa alvo da Polícia Federal, diz assessoria

Segundo a PF, a AudioMix era utilizada pelo alvo principal do esquema desarticulado pela Maus Caminhos, o empresário Mohamad Mustafa, para lavar dinheiro oriundo dos desvios milionários da área de Saúde do Amazonas

18:30 | 20/09/2016
De acordo com a assessoria do cantor, Wesley Safadão é gerenciado pela Luan Promoções, situada em Pernambuco (Foto: Divulgação)
A assessoria de imprensa do cantor Wesley Safadão nega que o artista seja gerenciado pela empresa AudioMix, em Goiânia, alvo da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira, 20. Conforme a Agência Estado, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na empresa. Ação é parte da operação Maus Caminhos, da PF do Amazonas, que visa desarticular uma organização criminosa que teria desviado cerca de R$ 112 milhões do Fundo Estadual de Saúde do Amazonas.
 
"Wesley Safadão é gerenciado unicamente pela Luan Promoções, situada em Recife", diz nota da assessoria. "O cantor não faz parte do casting da AudioMix. Somos contratados por eles para nos apresentarmos em seus festivais, assim como tantos outros artistas. Eles representam o cantor em uma região e não tem exclusividade". 
 
A Agência Estado informou ainda que a casa do dono da empresa, Marcos Araújo, também foi alvo de busca. Segundo a PF, a AudioMix era utilizada pelo alvo principal do esquema desarticulado pela Maus Caminhos, o empresário Mohamad Mustafa, para lavar dinheiro oriundo dos desvios milionários da área de Saúde do Amazonas.

corrupção

Lula se torna réu na Lava Jato

Também viraram réus a esposa de Lula, Marisa Letícia, o empreiteiro da OAS, Léo Pinheiro e outros cinco acusados

17:57 | 20/09/2016
Atualizado às 18h13min 
O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, aceitou nesta terça-feira, 20, denúncia apresentada pela força-tarefa da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a mulher dele, Marisa Letícia da Silva, e outras seis pessoas. Com a decisão, todos viram réus nas investigações.
 
 
Na denúncia, apresentada na semana passada, o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa, disse que Lula era o “comandante máximo do esquema de corrupção identificado na [Operação] Lava Jato”. O ex-presidente foi denunciado à Justiça Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
 
 
Segundo os procuradores, Lula recebeu R$ 3,7 milhões de propina de empresas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras, por meio de vantagens indevidas, como a reforma de um apartamento triplex no Guarujá (SP),e pagamento de despesas com guarda-volumes para os objetos que Lula ganhou quando estava no cargo. As vantagens teriam sido pagas pela empreiteira OAS.
 
 
Após a divulgação da denúncia, os advogados de Lula afirmaram que as acusações fazem parte de um “deplorável espetáculo de verborragia da manifestação da força tarefa da Lava Jato”.
 
 
"O MPF elegeu Lula como maestro de uma organização criminosa, mas esqueceu do principal: a apresentação de provas dos crimes imputados. “Quem tinha poder?” Resposta: Lula. Logo, era o “comandante máximo” da “propinocracia” brasileira. Um novo país nasceu hoje sob a batuta de Deltan Dallagnol e, neste país, ser amigo e ter aliados políticos é crime", argumentou a defesa.
 
 
Também foram denunciados pelo MPF o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, além de Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Valente Gordilho, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira, todos ligadas à empreiteira.

terça-feira, 20 de setembro de 2016


Não há no planeta Terra ninguém mais indignado que eu, diz Lula

Ex-presidente se tornou réu nesta terça-feira por corrupção

por
O ex-presidente Lula fala via internet com manifestantes contra o impeachment de Dilma Rousseff em Nova York - Henrique Gomes Batista

NOVA YORK - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que não tem ninguém mais indignado do que ele em relação ao que acontece no país atualmente. Em uma transmissão online ao vivo promovida por simpatizantes em Nova York, o ex-presidente contou que ficou triste com a a decisão do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, de torná-lo réu por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, mas que a decisão não o abala e só vai fazê-lo falar mais e lutar mais. Ele também criticou a imprensa e chamou a denúncia de "farsa" e "pirotecnia"
— Não deve ter nenhum cidadão nesse mundo hoje mais indignado do que eu. As pessoas que estão fazendo esse processo, que na verdade é um conluio entre alguns agentes da Polícia Federal, alguns agentes do Ministério Público e eu diria que alguns agentes da Fazenda. Nem tenho convicção, mas é isso que eu leio todo dia.
Segundo Lula, na última semana, "alguns representantes do MPF fizeram um espetáculo de pirotecnia", depois de dois anos de investigações contra ele.
— Eles alugaram uma sala de hotel, devem ter gasto dinheiro público para essa pirotecnia, e depois de uma hora de ilações disseram que não tinham provas contra o Lula, mas tinham convicção. Ninguém pode ser julgado por convicção de um promotor. Quem deve ter convicção é o juiz, a partir do que está nos autos do processo.
O ex-presidente lembrou a história dele para se defender:
— Talvez eu seja um intruso na história republicana do meu país, porque não estava previsto na sociologia brasileira um operário metalúrgico assumir o comando do país. Não estava previsto fazer a maior operação de transferência de renda da história do país. Não estava previsto criar mecanismos legais que permitissem colocar fim na corrupção do país. Quem deixou o Ministério Público agir, a Polícia Federal agir, foi Lula e Dilma — disse, para completar depois:
— Tenho uma história de 40 anos de luta nesse país. Eu não posso aceitar em hipótese alguma que algumas pessoas irresponsáveis venham dizer que eu sou responsável pela criação de uma quadrilha nesse país.
Em seu discurso, Lula também criticou a imprensa:
- Eu acho que tentar criminalizar as pessoas pelas manchetes de jornais, todo mundo sabe que isso não está certo em lugar nenhum. Você como sindicalista sabe quantas vezes já foi vítima de manchetes de jornais e nunca te pediram desculpa.
E terminou, dizendo que nada o que está acontecendo no Brasil o abala, mas o faz falar mais e lutar mais.


— O que está acontecendo no Brasil não me abala, apenas me motiva a andar, a falar muito mais. O problema é eu voltar em 2018? Poderiam me perguntar se eu quero, né? Mas eles sabem que, mesmo sem diploma universitário, eu sei fazer muito mais que eles.
E acrescentou:
— Obviamente estou muito triste que o juiz Moro aceitou a denúncia contra mim, mesmo que a denúncia seja uma farsa. De qualquer forma como tenho bons advogados aqui e ali, e acredito na Justiça, vou continuar lutando. Somos brasileiros e não desistimos nunca.


Moro aceita denúncia e Lula se torna réu pela 2ª vez na Lava-Jato

Ex-presidente responderá por corrupção e lavagem de dinheiro no caso de apartamento e armazenamento do acervo

por
O ex-presidente Lula, durante pronunciamento em São Paulo na quinta-feira passada, dia 15 - Pedro Kirilos / Agência O Globo
SÃO PAULO — O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornou réu pela segunda vez numa ação derivada das investigações da Lava-Jato, a primeira perante a Justiça Federal do Paraná. O juiz Sérgio Moro aceitou nesta terça-feira a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá e do armazenamento do acervo presidencial, pagos pela OAS. Segundo a denúncia, Lula obteve R$ 3,7 milhões em vantagens indevidas que lhe foram pagas pela empreiteira, de forma dissimulada, em troca de contratos com o governo federal. Entre 2003 e 2015, os contratos do Grupo OAS com a administração pública federal somaram R$ 6,8 bilhões, 76% dos quais corresponderam a negócios com a Petrobras.

Moro também aceitou as denúncias contra a ex-primeira-dama Marisa Letícia; o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto; e cinco pessoas ligadas à empreiteira - o ex-presidente Léo Pinheiro e os executivos Paulo Gordilho, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.
No despacho, Moro afirmou que aceitar a denúncia não significa "juízo conclusivo" e que é preciso fazer essa ressalva porque a presença do ex-presidente Lula entre os acusados pode "“dar azo a celeumas de toda a espécie", que devem ocorrer "fora do processo".
Segundo ele, as provas e fatos apresentados até agora são suficientes para que a denúncia seja aceita e, no decorrer do processo, tanto a defesa poderá apresentar seus argumentos quanto o próprio Ministério Público Federal poderá “produzir prova acima de qualquer dúvida razoável”.
Ao apresentar a denúncia contra Lula, na semana passada, o procurador Deltan Dallagnol ressaltou, por várias vezes, que as provas levavam a crer, "acima de qualquer dúvida razoável", que Lula era o comandante do esquema de propinas implantado na Petrobras.
“É durante o trâmite da ação penal que o ex-presidente poderá exercer livremente a sua defesa, assim como será durante ele que caberá à acusação produzir a prova acima de qualquer dúvida razoável de suas alegações caso pretenda a condenação. O processo é, portanto, uma oportunidade para ambas as partes”, afirmou Moro.
Apesar de apontar Lula como “comandante máximo” do esquema, o MPF não imputou, na denúncia, o ex-Presidente pelo crime de associação criminosa. De acordo com Moro, a omissão é plausível porque tal fato está em apuração no Supremo Tribunal Federal.
“A suposta associação também envolveria agentes que detêm foro por prerrogativa de função e em relação ao ex-Presidente não teria havido desmembramento quanto a este crime”, explicou.
MORO LAMENTA DENÚNCIA CONTRA MARISA LETÍCIA
Moro lamentou a denúncia e a imputação de crime de lavagem de dinheiro contra Marisa Letícia, mas acrescentou que a contribuição dela para a aparente ocultação do real proprietário do tríplex do Guarujá é suficiente, sem prejuízo de “melhor reflexão” no decorrer do processo.
Ele afirmou que há dúvidas quanto ao envolvimento doloso da ex-primeira dama, “especificamente se sabia que os benefícios decorriam de acertos de propina no esquema criminoso da Petrobras.
O ex-presidente Lula nega todas as acusações e disse que, se for provada alguma corrupção contra ele, ele mesmo iria “a pé para ser preso”.
Na denúncia aceita por Moro, o MPF afirma que Lula foi o “comandante máximo” do esquema de corrupção investigado na Lava-Jato, criado para garantir uma governabilidade corrompida, formar um colchão de recursos para um projeto de permanência do PT no poder e enriquecimento ilícito de dirigentes do partido. Em depoimento à Lava-Jato, o ex-senador Delcídio do Amaral afirmou que a OAS fez uma “contraprestação pelo conjunto da obra”, ou seja, os contratos de obras públicas que beneficiaram a empreiteira.
Os procuradores dizem que OAS deu R$ 3,7 milhões de vantagens a Lula: R$ 2,4 milhões teriam sido utilizados no tríplex 164-A no Edifício Solaris. O valor corresponde a R$ 1,2 milhão do valor imóvel, acrescido de R$ 926 mil de reformas feitas pela construtora; mais R$ 342 mil de móveis personalizados (pagos à empresa Kitchens), além de R$ 8,9 mil pagos por eletrodomésticos, como fogão, micro-ondas e uma geladeira “side by side”. Outros R$ 1,3 milhão foram pagos pela construtora à Granero para armazenar o acervo presidencial de Lula.
O ex-presidente Lula afirma que o imóvel não é dele e que, no cartório de registro de imóveis, segue em nome da OAS.
DESPROPORÇÃO DE VALORES COM MAGNITUDE DO ESQUEMA
No despacho, o juiz Sérgio Moro lembrou que os valores de vantagens indevidas apontados pelo MPF aparentam ser desproporcionais com a magnitude do esquema criminoso na Petrobras. No entanto, segundo Moro, tal argumentação não justificaria a rejeição da denúncia. Na denúncia, os procuradores afirmaram que Lula teria recebido R$ 3,7 milhões em vantagens da empreiteiras OAS, por meio da propriedade e reforma do tríplex no Guarujá e do armazenamento de parte de seu acervo presidencial.
“Não descaracterizaria o ilícito, não importando se a propina imputada alcance o montante de milhares, milhões ou de dezenas de milhões de reais”, afirmou Moro, que lembrou que há outras investigações em curso sobre supostas vantagens recebidas por Lula.
O ex-presidente é ainda investigado pelo sítio de Atibaia, que está em nome de sócios do seu filho, Fábio Luís, o Lulinha, e por pagamentos e doações de empreiteiras investigadas na Lava-Jato feitos à LILS Palestras e ao Instituto Lula. Os procuradores afirmam que Lula é o representante máximo do instituto e da empresa de palestras que, entre 2011 e 2014, receberam mais de R$ 30 milhões de empreiteiras flagradas pela Lava-Jato (Camargo Corrêa, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, UTC e Andrade Gutierrez). Desse valor, mais de R$ 7,5 milhões foram transferidos a Lula.


O sítio também foi reformado por duas empreiteiras - Odebrecht e OAS - e pelo pecuarista José Carlos Bumlai.
O ex-presidente já é réu em processo que tramita na 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, acusado de tentar obstruir a Justiça comprando o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, um dos delatores do esquema de corrupção na estatal, que também foi originado nas investigações da Petrobras. A suposta participação de Lula foi denunciada pelo ex-senador Delcídio do Amaral, que afirmou em depoimento de delação que Lula queria manter Cerveró em silêncio para proteger o pecuarista José Carlos Bumlai, que havia retirado em nome dele, no Banco Schahin, um empréstimo para o PT, que foi pago com contrato bilionário fechado pelo Grupo Schahin com a Petrobras.
DENÚNCIA QUE PEDIA PRISÃO DE LULA VOLTA À JUSTIÇA DE SÃO PAULO
O juiz Sérgio Moro considerou que os promotores paulistas que pediram a prisão preventiva de Lula em março erraram ao relacionar o tríplex com as fraudes que ocorreram no âmbito da Bancoop. Em seu despacho, Moro decidiu enviar o processo novamente para São Paulo, mas suprimindo as imputações feitas ao ex-presidente Lula e seus familiares. A ação, que estava com o juiz desde março, pedia a prisão preventiva de Lula à Justiça de São Paulo, mas a juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira decidiu que a ação estava na alçada da Operação Lava-Jato.


segunda-feira, 19 de setembro de 2016


Coopistas alertam sobre situação da encosta de praça

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A encosta de proteção da praça situada na área do Espigão da Beira Mar – ainda não foi inaugurada, está cedendo aos poucos com o avanço da maré.
Tal situação vira sério perigo para quem ousar passar por lá, segundo coopistas como Tadashi Enomoto, frequentador diário do local.
Os coopistas pedem que a Prefeitura interdite o local e adote providências. Embora em alguns trechos, haja placa de alerta.