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sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Moro decreta prisão preventiva de Palocci
Ex-ministro e seu assessor, Branislav Kontic, teriam retirado desktops para ocultar provas
por Cleide Carvalho / Dimitrius Dantas*
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Atualizado
SÃO PAULO - O ex-ministro Antonio Palocci e seu assessor
Branislav Kontic tiveram prisão temporária convertida em prisão
preventiva, por tempo indeterminado, pelo juiz Sérgio Moro. Os dois
estão desde a última segunda-feira na sede da Polícia Federal em
Curitiba, quando foram presos na 35ª Fase da Lava-Jato, a Operação
Omertá.
Moro
decidiu pela preventiva depois que o Ministério Público Federal (MPF)
afirmou que desktops foram retirados da sede da empresa de Palocci, a
Projeto, e que o fato é indicativo de que Palocci e Kontic ocultaram
elementos úteis à investigação. Quando os policiais federais chegaram,
encontraram as mesas apenas com monitores, móveis e teclados. Os fios
dos desktops estavam desconectados. Ouvido pela PF, Kontic teria dito
que os desktops foram retirados por serem antigos, mas os procuradores
argumentaram que as imagens registradas pela PF indicam que os
equipamentos eram "bastante novos e em ótimo estado". O MPF afirmou ainda que há provas de que Palocci recebeu R$ 32,7
milhões em dinheiro em espécie, com entregas que relacionam a planilha
“Italiano”, da empreiteira Odebrecht. Os procuradores dividiram as
entregas em três lotes: R$ 16,2 milhões, divididos em 17 entregas de
recursos em espécie entre julho e setembro de 2010; R$ 15 milhões em
nove entregas entre outubro e novembro do mesmo ano e R$ 1,5 milhão
vinculado a pessoa identificada pelo codinome “Menino da Floresta” na
planilha da empreiteira.
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