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segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Prefeito eleito no primeiro turno
Doria: 'O ex-presidente Lula sabe que vou visitá-lo em Curitiba'
"Farei minha homenagem a ele", disse o tucano
03/10/2016 - 07h13 - Atualizada às 07h13 - POR ESTADÃO CONTEÚDO
O prefeito eleito em São Paulo, João Doria (PSDB),
respondeu a um comentário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e devolveu o ataque. Mais cedo, quando votou em São Bernardo do
Campo (SP) e sem citar nomes, Lula havia dito que São
Paulo corria o risco de eleger um "aventureiro" assim como o
ex-presidente Fernando Collor, que teria surgido "do nada".
"Eu
estou numa noite de paz, mas o Lula sabe quem em algum momento vou
visitá-lo em Curitiba. Farei minha homenagem a ele", disse o tucano, em
entrevista ao programa Conexão Repórter, do SBT. Curitiba é o principal
palco da Operação Lava Jato, que há duas semanas tornou Lula réu por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Telefonema de Temer
Confirmando
que recebeu um telefonema do presidente Michel Temer (PMDB) depois que
as urnas fecharam, mas ainda antes do resultado oficial, Doria afirmou
que o peemedebista prometeu colocar o governo federal à disposição da
cidade. "Ele apoiou outra candidatura, mas disse que o governo federal
vai estar à disposição para realizar projetos, sobretudo na saúde,
habitação, educação e mobilidade urbana", disse. Doria falou que "em
breve" vai fazer uma visita a Temer.
Alckmin para 2018
Assim
como falou após ser confirmado como eleito no primeiro turno, Doria
repetiu que o cenário fortalece seu padrinho político, o governador
Geraldo Alckmin (PSDB), para as eleições presidenciais de 2018. "Não era
um embate fácil. Ele aceitou, acreditou e apostou", comentou o prefeito
eleito.
Não à reeleição
João
Doria afirmou que vai começar seu mandato se comprometendo a não se
apresentar para uma eventual reeleição. "Não quero reeleição. Vou
cumprir meu mandato de quatro anos sem reeleição, eu acho muito ruim ser
eleito pensando em se reeleger", disse o tucano.
Primeira medida
Como
primeira medida ao assumir o Executivo, Doria repetiu que voltará os
limites originais nas marginais Tietê e Pinheiros, para 90, 70 e 60
quilômetros por hora. "Depois, as prioridades serão saúde e educação." João
Doria elogiou os adversários, afirmando que são "bons políticos", e
disse que não fará nenhuma concessão em subprefeituras ou secretarias
para os partidos que o apoiaram. "Conviver não é ceder, é exatamente
estabelecer uma relação republicana, não é preciso fazer a cessão nem o
loteamento de nada", disse. Na chapa de Doria, 13 partidos compuseram a
coligação. Sobre a transição, o tucano afirmou que o processo vai
acontecer de forma "republicana".
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