terça-feira, 13 de março de 2012

Questionamento... do Coopista Arquiteto José Sales

Acquario do Ceará e um custo de R$ 250 milhões. Que conta é essa?

Divulgado no BLOG do Eliomar de Lima... O Povo
Sobre o debate em torno do projeto Acquario do Ceará, aqui defendido pelo economista Pedro Carlos Alvares, o ex-vice-presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), regional do Ceará, José Sales, mandou nota abordando o tema. Confira:

Há “Acquarios” e há Aquários e/ou Oceanários, embora aparentemente os mesmos sejam a mesma coisa, são fundamentalmente diferentes. Em geral, um aquário e/ou oceanário é museu vivo de biologia marinha, um equipamento de pesquisa e educação ambiental ligados aos conceitos de sustentabilidade que este temas traz consigo. Isto indica que o segmento do Turismo que o mesmo convalidará este equipamento entre nós, será desta tipologia: Turismo Científico, Cultural e de Educação Ambiental. Querem um bom exemplo: o Oceanário de Lisboa, que mostra os oceanos do nosso planeta Terra, como se dá a vida nos mesmos e por que a preservação desses ecossistemas é obrigatória no presente, para o futuro da própria humanidade. O espetáculo é então parte de um conceito: a educação ambiental das futuras gerações.
Só que nosso caso, em nenhum momento isto foi colocado em debate.Nem pelo propositor da proposta – a Secretaria do Turismo do Estado, nem pelo “cordão dos defensores do Acquário do Ceará”. Tudo fica nos números grandiosos e superfaturados “evidentemente” e nas loas e mais elogios sem nexo a um equipamento que bem que poderia fazer parte das políticas públicas da Cultura do Estado do Ceará.
Enquanto isso, o Centro Dragão do Mar agoniza, em estado de abandono “proposital”, sem manutenção, sem programas de animação de suas atividades e sem qualquer atenção por parte do Secretário da Cultura Professor Francisco Pinheiro como expôs a Coluna Vertical do O POVo nesta semana.
Ao lado, a Caixa Cultural, o novo centro cultural da Caixa Economica, que seria um equipamento da mesma cadeia de negócios da Cultura e do Turismo, se implanta a passos de tartaruga grávida. Mais adiante, o O Dragão do Mar do Bom Jardim, existe, mas não existe. E o próprio Arquivo Nirez, onde está a História de Fortaleza em fotografia, só agora entrou timidamente na pauta de apoio oficial.
E quais são as reflexões sobre tudo isso? O Acquario será mesmo este salvador da Praia de Iracema? Sei não, meus amigos.
PS: Uma observação: o Oceanário de Lisboa custou 50 milhões de euros(120 milhões de reais) e já se pagou, pois, até agora, recebeu 16 milhões de visitantes. O Aquário do Rio de Janeiro irá custar R$ 110 milhões. O Aquário do Pantanal irá custar 70 milhões de reais. O “magnífico”Acquario do Ceará irá começar a conta com R$ 250 milhões de reais. Que conta é esssa, tão estranha?
* José Sales, 
Arquiteto.

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