domingo, 22 de abril de 2012

Artigo do Diário do Nordeste,,,Autora Coopista dos Amigos  Celina Pinheiro

O caminho do lixo

Animais domésticos estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas nas grandes cidades. Além de excelentes companheiros, trazem inegáveis benefícios emocionais aos seus donos. Contudo, sua criação nos obriga à adoção de regras de boa convivência em sociedade. É muito desagradável termos nossos pés ou sapatos emporcalhados pelos dejetos abandonados nas calçadas, nas praias, nas áreas comuns dos condomínios e outros locais públicos. O respeito ao espaço público torna-se cada vez mais imprescindível, não apenas pelo aspecto estético da cidade, mas também por uma questão de saúde pública, visto que as fezes animais contribuem com a proliferação de moscas e veiculam doenças. Em respeito a todos que trafegam pelos locais públicos, muitos aderiram ao hábito de coletar as fezes de seus animais em sacos plásticos. Uma atitude educada que merece aplausos. Mas cabe a reflexão: qual o caminho seguido pelo lixo? Alguns ensacam os excrementos e os abandonam na via pública, enfeando a cidade, propiciando o entupimento de bueiros e, como consequên-cia, inundações no período chuvoso. Outros descartam os saquinhos nas lixeiras comuns, cujo conteúdo irá parar nos lixões e contaminar lençóis freáticos. Mudamos o contaminante de lugar, mas sua ação deletéria ao meio ambiente continua. O gesto educado de coletar os dejetos em sacos plásticos deixa a cidade mais limpa e acalma nossa consciência. Contudo, o destino do material de descarte também merece nossa preocupação. Tal reflexão é válida para qualquer tipo de lixo. Caso as etapas posteriores à coleta não sejam adequadas, o objetivo pretendido não será alcançado. É algo a se pensar, sobretudo quando tanto se fala em respeito à natureza. Nós fazemos parte da natureza!
Celina Côrte PinheiroMédica

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