quarta-feira, 16 de novembro de 2016


Garotinho é preso pela Polícia Federal no Flamengo, na Zona Sul do Rio

Anthony Garotinho foi preso no apartamento onde mora, no Flamengo
Anthony Garotinho foi preso no apartamento onde mora, no Flamengo Foto: André Coelho / O Globo
Fabiana Paiva e Pedro Zuazo

O secretário de Governo de Campos e ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, foi preso por volta das 10h desta quarta-feira pela Polícia Federal de Campos, em um apartamento na Rua Senador Vergueiro, no Flamengo, na Zona Sul da cidade. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da Justiça Eleitoral de Campos. Trata-se de mais uma fase da Operação Chequinho, que investiga o uso eleitoral do programa "Cheque Cidadão".
A superintendência da Polícia Federal em Campos dos Goytacazes informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva por crime eleitoral contra Garotinho. O órgão afirmou que daria mais informações sobre o tipo do crime ao longo do dia, já que a operação ainda está em andamento. Garotinho deve ser levado inicialmente para a sede da PF no Rio e, em seguida, conduzido para Campos, ainda nesta quarta-feira.
A filha de Garotinho, a deputada federal Clarissa Garotinho, deixou às pressas a reunião com o governador Luiz Fernando Pezão no Palácio Guanabara e a bancada federal do Rio sobre a crise financeira no Estado. Ela foi direto para a superintendência da Polícia Federal do Rio.
No último dia 12, o advogado criminalista Fernando Fernandes impetrou um habeas corpus com pedido de liminar para garantir que o Juízo da 100ª Zona Eleitoral não decretasse qualquer prisão provisória contra o político.
Outros presos
No dia 1° de novembro, a ex-assessora particular da prefeita Rosinha e vereadora eleita Linda Mara Silva (PTC) foi presa em Copacabana, na Zona Sul, na segunda fase da operação. Também foram presas a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Alvarenga, e a radialista Beth Megafone. Elas foram consideradas foragidas por cinco dias.
Desencadeada no dia 26 de outubro, a segunda fase da operação também levou à prisão o vereador Kellinho (PR) e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Koch. Três dias depois, foi a vez do vice-presidente da Câmara, Thiago Virgílio, do mesmo partido de Linda Mara. Ele já estava afastado de suas funções e proibido de entrar no prédio do Legislativo.
Na primeira fase da operação, em 19 de outubro, foram presos os vereadores Miguel Ribeiro machado, de 51 anos, e Ozéias Martins, de 47. Ambos também tentaram evitar a prisão com habeas corpus, mas tiveram os pedidos negados pela Justiça.
De acordo com a PF, eles colhiam documentos de eleitores para cadastrar eleitores no Cheque Cidadão. Segundo as investigações, a prática causou uma explosão na base social do programa, elevando o volume de benefícios em mais de 100% de junho de 2016 a ocasião.



Entre os 30 mil beneficiários do cheque cidadão, o MP aponta que 18 mil fariam parte do esquema, com um desperdício de R$ 3,5 milhões por mês.

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