quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

263 toneladas de castanha viram cinzas

A Justiça Estadual mandou jogar no fogo quase 11 mil caixas de castanhas de caju que apodreceram num dos armazéns da Conab. O estoque estava penhorado pelo BB como única garantia para abater uma dívida federal, feita há dez anos por cajucultores cearenses

As amêndoas estragaram após uma década de entraves jurídicos protagonizados pelo BB e as partes devedoras: a Cooperativa dos Produtores de Caju do Ceará (Cocaju) e as empresas Irmãos Fontenele S/A e Agroindustrial Gomes. Os 263.328 quilos chegaram a ser recolhidos pelo banco em 2002 para penhora judicial. Um ano depois do vencimento para pagar o empréstimo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em fábricas de Fortaleza e Uruburetama. Seriam a garantia da dívida.

Desde setembro daquele ano, porém, ficaram armazenadas num dos galpões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Maracanaú. Sem que fossem negociadas ou nem sequer doadas para instituições de caridade, enquanto poderiam ter sido. “Nós apenas alugávamos os galpões”, garante o superintendente da Conab, Eude Guedes.

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