segunda-feira, 1 de dezembro de 2014



Aumento de salário de deputados custará R$ 73 milhões ao ano para Câmara

Discussão sobre alteração deverá ser alvo de discussão entre parlamentares e o Executivo nessa semana

O aumento dos salários dos deputados federais implicará numa despesa de R$ 73 milhões por ano. A estimativa é da diretoria-geral da Casa e está baseada numa projeção da porcentagem acumulada do IPCA entre fevereiro de 2011 e fevereiro de 2015. O acumulado do IPCA de fevereiro de 2011 a novembro de 2014 é de 24,37%. Como o aumento será aplicado para a próxima legislatura, os 30% são uma previsão da diretoria-geral da Câmara estima que até fevereiro, mês em que começa a próxima legislatura, esse acumulado chegue nesse patamar, algo em torno de 30%.
O aumento salarial dos deputados começou a ser discutido durante reunião de líderes realizada na semana passada. O salário bruto dos deputados é de R$ 26.723,13. Se a estimativa de acumulado do IPCA ficar mesmo na casa dos 30%, como estima a direção da Câmara, os salários dos deputados passaria para R$ 34.740,07. “Toda legislatura tem o dever de estabelecer o reajuste salarial dos parlamentares para a próxima legislatura para que eles não possam legislar em causa de seu próprio mandato em período de sua atuação parlamentar”, disse o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Rodolfo Stucker /Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves
De fato o aumento só será aplicado para a próxima legislatura, mas como muitos deputados foram reeleitos, alguns deles estariam legislando em causa própria nessa matéria, ainda que Alves reforce que o legislação tentou impedir isso. O aumento salarial que os deputados discutiram também se estende para senadores, ministros e a presidente da República.
Por isso mesmo, líderes do Senado também participarão da reunião com o Executivo para tratar da proposta, quando será definido o valor do reajuste. Na verdade, essa discussão deveria ter sido feita ainda no primeiro semestre ou no início do segundo semestre nos casos em que não se aprecia o tema no começo do ano. Essa discussão acabou não sendo feita no primeiro semestre e nem no início do segundo, quando do período eleitoral.

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