Comissão do impeachment se reúne com Barroso, relator da ação que definiu rito
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Encontro será para garantir harmonia e mostrar que comissão está respeitando as decisões do STF sobre rito, disse presidente
Integrantes da comissão especial encarregada de
analisar o pedido de impeachment da presidente da República, Dilma
Rousseff, se encontram nesta segunda-feira (28), às 18 horas, com o
ministro Luís Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Barroso foi
relator da ação que definiu o rito de impeachment a ser seguido pelo
Congresso Nacional.
O presidente da comissão especial do
impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), disse que será um
encontro institucional para garantir a harmonia entre os poderes. "Vamos
deixar bastante claro todo zelo constitucional, a cautela que todos nós
estamos tendo na Comissão para respeitar tudo que foi decidido
recentemente pelo Supremo Tribunal Federal sobre o rito do impeachment",
declarou.
Rogério Rosso reforçou ainda o papel da comissão
especial que analisar a admissibilidade da denúncia:"Diferentemente de
uma CPI, nós não podemos nem devemos produzir provas; não podemos e nem
devemos fazer oitivas para novos fatos, muito pelo contrário. Nosso
limite é o que diz a Constituição e que está dentro do que foi decidido
pelo Supremo: fazer diligências para esclarecer a denúncia. A Câmara dos
Deputados tem agora a prerrogativa e a atribuição de apenas e, tão
somente, admitir ou não a denúncia."
Rosso reafirmou que a Comissão decidiu ignorar
denúncias posteriores ao pedido de impeachment apresentado à Câmara: "De
fato, nós desconsideramos esses documentos que eram da delação do
senador Delcídio, uma vez que poderia suspender algum prazo e abrir
prazo de nova defesa com a inclusão de novos documentos. Até porque há
5.500 páginas de denúncia; temos muitos fatos, muitas circunstâncias
importantes e graves que precisam ser analisadas com a cautela, a
isenção e a imparcialidade necessárias."
RecursoO deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) recorreu da decisão da Comissão para incluir a delação do senador Delcídio do Amaral na análise do impeachment. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, deve se pronunciar sobre o recurso nos próximos dias.
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