domingo, 17 de julho de 2016


Com a noiva, Romero abre sua casa e fala da adaptação ao Corinthians

Titular absoluto com Cristóvão Borges, atacante vive dias felizes no Brasil, mantém costumes do Paraguai e se mostra cada vez mais fluente no português

Por São Paulo

Ángel Romero está em casa. Em junho, completou dois anos de Corinthians, com 79 jogos e 18 gols marcados, sendo 14 deles na Arena Corinthians, o que dá a ele a vice-artilharia do estádio, a um gol de Paolo Guerrero, protagonista do Mundial que deixou o clube como vilão em 2015. Mas a quem o paraguaio é muito grato até hoje.
Foi Guerrero que, em meados de 2014, explicou a ele qual era o tamanho do Corinthians, como ele devia se portar dentro e fora de campo, quais bairros deveria evitar em São Paulo e ainda serviu de intérprete. Ensinamentos aprendidos pelo jogador, hoje aos 24 anos, foram repassados ao zagueiro Balbuena em sua chegada ao clube. Um companheiro para tomar tererê (a bebida típica paraguaia) no CT.
Ángel Romero, do Corinthians, com sua noiva, Gabriela Miskirich (Foto: Marcelo Braga)Ángel Romero, do Corinthians, com sua noiva, Gabriela Miskirich (Foto: Marcelo Braga)
A companhia da noiva Gabriela Miskirich, com quem está há cinco anos, mas há apenas um ano e três meses no Brasil, também contribuiu com o crescimento de Romero. Foi ela quem ajudou o jogador a superar os momentos de desconfiança da torcida e do próprio técnico Tite. Além disso, em casa, nunca deixou de preparar pratos típicos do Paraguai, como a chipa guasu, uma espécie de bolo de milho salgado.
Ángel Romero Corinthians em seu apartamento em São Paulo (Foto: Marcelo Braga)Ángel Romero mostra seu guarda-roupa (Foto: Marcelo Braga)
Em visita do GloboEsporte.com ao seu apartamento nesta sexta-feira, na antevéspera do clássico contra o São Paulo, o atacante explicou passo a passo como deixou de ser um patinho feio para se tornar peça importante na equipe de Cristóvão Borges neste Campeonato Brasileiro.
– Guerrero já estava há dois anos no Brasil e me ajudou na adaptação com o grupo. É diferente chegar em um time grande como o Corinthians, tem de se comportar de um jeito diferente dentro e fora do campo, a torcida é maior. Ele ajudou nisso e ao me indicar onde andar em São Paulo, onde é perigoso, falou de lugares que eu não devia ir para não encontrar outras torcidas. Por exemplo, Perdizes é Palmeiras, Morumbi é São Paulo. E no treino, tudo o que o preparador físico falava, ele traduzia. Não entendia a maioria das coisas que o Mano Menezes falava, ele traduzia.
Romero não corta o cabelo no Brasil. Três ou quatro vezes por ano, vai ao Paraguai para dar um trato no visual
Sem nunca ter feito aulas de português, Romero hoje pode ser considerado fluente no idioma. Tudo graças à rotina com os companheiros e aos programas e filmes na televisão.
A única coisa que não faz no Brasil é cortar o cabelo. Vaidoso, vai de três a quatro vezes por ano a Assunção para fazer o corte com Jorge, cabeleireiro da família. Nunca nem pisou em um salão brasileiro.
Abaixo, na primeira parte da entrevista com Romero, ele conta como se adaptou ao Timão. A segunda parte vai ao ar no domingo:
Ángel Romero Corinthians em seu apartamento em São Paulo (Foto: Marcelo Braga)Ángel Romero: orgulho de suas raízes paraguaias (Foto: Marcelo Braga)

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