quarta-feira, 6 de julho de 2016



Lava Jato volta a prender ex-presidente da Eletronuclear no RJ

Investigações apuram desvio nas obras da Usina Nuclear de Angra 3.
Presidente atual foi levado para a PF; juiz pediu afastamento dele do cargo.

Mahomed SaiggDa TV Globo, no Rio
A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira (6), mandados no Rio de Janeiro e em Porto Alegre relacionados à Operação Lava Jato. O desdobramento da investigação no Rio apura desvio de recursos na Eletronuclear. Dez mandados de prisão foram expedidos para alvos da operação no Rio e um de condução coercitiva em Porto Alegre.
Às 11h, os 10 mandados de prisão — sete preventivas e três temporárias — já tinham sido cumpridos, incluindo o principal alvo da operação, o ex-diretor-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva. A operação também levou em condução coercitiva para a superintendência da PF no Rio o atual presidente da Eletronuclear, Pedro Figueiredo Diniz.
Othon Luiz participou, em 2011, de audiência no Senado para discutir o sistema de energia nuclear do país  (Foto: Antonio Cruz/ABr) 
Othon Luiz, durante audiência do senado
 (Foto: Antonio Cruz/ABr)
Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que coordena a força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro. No despacho, ele também pede o afastamento de Pedro Diniz do cargo.
As investigações da PF dizem que um clube de empreiteiras desviava recursos da Eletronuclear, principalmente os destinados às obras da Usina Nuclear de Angra 3. A operação, que foi batizada de Pripyat, apura crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Othon já cumpria prisão domiciliar e foi preso na Barra da Tijuca. O benefício da prisão domiciliar foi retirado porque as investigações indicam que, mesmo de casa, ele estaria atuando na Eletronuclear.

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