segunda-feira, 5 de maio de 2014


IMÓVEIS

Empresários da construção civil não acreditam em bolha imobiliária em Fortaleza

Lia Girão

Economista também não vê motivos para preocupação com especulação imobiliária por conta da Copa


Empresários da construção civil se reuniram, na manhã desta segunda-feira (5), para discutir os rumos do setor na Capital. O evento "Brasil em Debate" - feito em parceria firmada entre o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Ceará (Sinduscon-CE) e a Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE) - teve como principais palestrantes o economistaRicardo Amorim e o empresário cearense Beto Studart. Ambos declararam que não acreditam em uma bolha imobiliária em Fortaleza.
O empresário Beto Studart, responsável pela BSPAR Incorporações e Construções, afirmou que os empreendimentos estão sendo feitos ao longo de toda a cidade e não nos lugares onde já existe saturação de imóveis, como aconteceu antes da bolha imobiliária explodir em outros lugares do mundo, como nos Estados Unidos, em que a especulação estava fortemente concentrada nos centros comerciais.
O economista e comentarista do programa Manhattan Connection, da emissora Globo News,Ricardo Amorim, também acredita que a bolha imobiliária está longe de atingir o Brasil. “Aqui nem quem pode pagar consegue liberação de crédito para comprar um imóvel, que dirá quem não pode pagar. Se não tem liberação de crédito, não tem como ter bolha”, disse o economista.
Beto Studart acredita que os investidores contribuíram para a explosão de vendas no setor imobiliário vista nos últimos anos, mas que agora os empreendimentos estão sendo comprados pelos seus moradores definitivos e os investidores não têm mais mercado atraente, por isso, acredita que não há a possibilidade dessa especulação existir. 
Studart declarou, ainda, que há uma necessidade de reforma no sistema que envolve o mercado da construção civil. “Existe uma burocracia muito grande que cerca a aprovação dos projetos, a tributação e a tramitação nos cartórios”, disse o empresário, criticando as taxas aplicadas no País e justificando o preço e demora na entrega de imóveis na Capital. 
Especulação imobiliária na Copa
O economista Ricardo Amorim, afirmou, ainda, que não vê motivos para a preocupação com a especulação imobiliária durante a Copa. "Eu não tenho ideia de por que a Copa faria o preço dos imóveis cair. Ninguém constrói um imóvel pensando em um evento que dura 1 mês", disse, ressaltando que acredita que o evento pode, na verdade, ter efeito contrário.
O economista sugeriu que os imóveis poderiam ter uma alta no valor após o Mundial. "Se todos deixam para comprar depois da Copa, acreditando que o preço vai diminuir, a procura vai aumentar e, ao invés de diminuir, os preços vão subir", disse Amorim.

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