segunda-feira, 7 de julho de 2014


ALEMANHA

Respeito e 'brasilidade'

07.07.2014

Alemães veem vigor da Seleção Brasileira como algo preocupante e lamentam ausência de Neymar na semifinal


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Um dos jogadores mais carismáticos da seleção alemã, o volante da seleção europeia comentou seu caso de amor com o Brasil
FOTO: REUTERS
Para os oponentes do Brasil na semifinal da Copa do Mundo, a seleção de Luiz Felipe Scolari tem jogado "no limite do que se considera legal" numa partida de futebol, com muita dureza, força física e jogadas ríspidas. As palavras foram usadas pelo auxiliar técnico da Alemanha, o ex-jogador Hansi Flick, e corroboradas pelo volante Bastian Schweinsteiger.
"Normalmente, temos na cabeça uma imagem do Brasil como um time de 11 artistas praticando sua arte, mas o futebol aqui mudou, o time brasileiro aprendeu a brigar, são lutadores duros, e temos de estar preparados para isso", disse o ex-atleta.
Depois de mencionar a característica brasileira, durante entrevista coletiva, ontem, Flick voltou a ser questionado sobre o que afirmara, e contemporizou.
 
 
"O Brasil continua com um futebol de alto nível, mas às vezes, numa partida, há uma necessidade de uma jogada fisicamente mais forte, isso faz parte do jogo", ressaltou o veterano.
Instado pela reportagem a analisar o time brasileiro após a perda de Neymar, Schweinsteiger lamentou a ausência do craque e elogiou o técnico Luiz Felipe Scolari e o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, para ele os maiores adversários da Alemanha amanhã.
"É extremamente triste que Neymar não vá jogar. É sempre bom quando os melhores jogadores estão em campo, que é onde deveriam estar. Perdê-lo pode ser um fator especial para o Brasil, eles vão reunir forças e tirar desse fato o melhor para o time", declarou o meio-campista.
"Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira são técnicos muito experientes, ambos vencedores de Copas. O campeão do Mundial será o que tiver a comissão técnica mais inteligente. Vocês têm a vantagem de jogar em casa, o que é um ponto forte, e jogadores talentosos, mas acho que o nosso maior oponente será a comissão técnica do Brasil", acrescentou Schweinsteiger.
Caso de amor
Um dos jogadores mais carismáticos da seleção alemã - vestiu camisas de Bahia, Grêmio e Flamengo, caminhou pelas cidades onde seu time jogou, beijou a namorada em meio à torcida na Arena Pernambuco -, o volante comentou seu caso de amor com o Brasil.
"Mesmo depois de 30 dias aqui, mesmo durante a Copa, o clima continua fantástico. Tenho impressões da Bahia, de Porto Alegre, do Flamengo. A hospitalidade do povo é incrível. Você consegue sentir que futebol é o esporte número um, é como uma religião, e que as pessoas têm respeito e alegria pela vida, e a gente aprende com isso. Espero que continue assim mesmo jogando contra o Brasil".
Colega de Dante no Bayern de Munique, Schweinsteiger celebrou a possibilidade de o zagueiro brasileiro começar jogando, na vaga de Thiago Silva.
"Fico feliz que esteja cotado, porque ele merece jogar. É uma grande figura, um jogador forte, você nunca o vê triste. Ele tem a vantagem de nos conhecer muito bem , mas isso também vale para a gente, que o conhecemos".

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