Matthäus assume favoritismo alemão e
Passarella pede doação a argentinos
Capitães campeões do mundo por Alemanha e Argentina preveem duelo
equilibrado na decisão da Copa do Mundo neste domingo, no Maracanã
O Maracanã não será palco neste domingo de uma final inédita de Copa do Mundo. Muito pelo contrário. Alemanha e Argentina decidirão a partir de 16h, com transmissão do SporTV, o terceiro Mundial, com um título para cada lado. E para analisar esse “tira-teima”, ninguém melhor que dois ex-jogadores que estiveram em campo nos duelos passados. Em 1986, o alemão Lothar Matthäus jogou contra a Argentina de Daniel Passarella, que no fim ficou com a taça. Quatro anos depois, Matthäus ergueria a taça em nova final com os argentinos. Apesar da torcida por seus países, eles destacam o equilíbrio do confronto.
- Estou muito contente de ver esse duelo, Argentina x Alemanha, que já escreve páginas da história há muito tempo, são três vezes a mesma final. Nos primeiros dois casos fui jogador, e a Argentina sempre é perigosa. Eles têm jogadores de muita qualidade. Nos últimos jogos também tiveram uma defesa muito compacta, tomaram poucos gols, mas o brilho que tiveram em 86 está faltando. Esta é uma equipe comparável com a de 90, quando tinha Maradona como supercraque, como Messi é hoje, mas Maradona não estava muito bem, e Messi não é o mesmo de dois, três anos, e teve suas primeiras lesões. Ele continua sendo um gênio que é capaz de decidir sozinho um jogo, isso a Argentina manteve - disse o ex-jogador da Alemanha.
O ex-zagueiro Daniel Passarella lembrou a grande presença de argentinos no Rio de Janeiro, cidade que recebe a final neste domingo. Mas apesar de “jogar em casa”, ele sabe que terá um time duro de vencer pela frente, e por isso pede que todos os jogadores comandados por Sabella deem mais do que deram até aqui.
- Têm muitos argentinos no Rio, muitíssimos eu diria, procurando ingressos desesperadamente para assistir ao jogo. Acredito que a Argentina será praticamente local jogando aqui, porque as distâncias que têm entre Argentina e Brasil e Alemanha e Brasil são muito diferentes, e acho que haverá um estádio lotado de argentinos. Mas isso não significa nada num jogo em que se enfrentarão duas potências formidáveis. Trata-se de seleções que ganharam Copas do Mundo e todos sabem que é o dia que eles têm que dar muito mais do que deram até agora, ou seja, têm que melhorar para ganhar o jogo. Temos muita vontade que a Argentina vença, o time estava equilibrado no último jogo, mas temos que melhorar.
Apesar da vitória histórica por 7 a 1 sobre o Brasil na semifinal, a Alemanha deve deixar de lado este resultado para se preocupar apenas com a Argentina. É o que espera Matthäus.
- Fomos favoritos em 1990, semelhante à equipe alemã de hoje, mas os treinadores e torcedores com quem tive contato sabem que teremos um jogo muito difícil, e lembrar do jogo contra o Brasil seria um erro gravíssimo. Devemos esquecer, foi um jogo histórico positivo para a Alemanha e péssimo para o Brasil, mas isso não ajuda. Temos que nos concentrar nesse jogo. E depois espero, como torcedor alemão, que possamos ganhar. Mas sabemos que vai ser difícil, a equipe da Argentina não é fácil de ser vencida - afirmou.
Passarella acredita que, além do título da Copa do Mundo para a Argentina, está em jogo o futuro de Lionel Messi, que em caso de participação decisiva na final, como ocorreu na maioria dos outros jogos da seleção nesta Copa até aqui, alcançaria um patamar muito maior na história do futebol mundial
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