quinta-feira, 1 de janeiro de 2015




lava-jato

Petrobras suspende 23 contratos com empresas

31.12.2014

Estatal decidiu criar comissões para análise de aplicação de sanção administrativa e do bloqueio cautelar


Image-0-Artigo-1770360-1
Petroleira informou que escritórios de advocacia contratados conduzem uma investigação independente sobre o suposto esquema
Foto: Reuters
São Paulo. A Petrobras, no centro de um escândalo de corrupção, anunciou na segunda-feira (29) que as 23 fornecedoras citadas na Operação Lava-Jato da Polícia Federal como integrantes de um cartel "serão temporariamente impedidas de serem contratadas e de participarem de licitações da estatal".
A petroleira também informou, em outro comunicado, que os escritórios de advocacia contratados para conduzirem uma investigação independente sobre o suposto esquema de obras superfaturadas identificaram possível existência de relação entre os fatos que estão sendo apurados com a Petros, fundo de pensão da estatal.
"Sendo assim, as investigações pelos escritórios independentes foram estendidas à Petros, conforme aprovado pelo Conselho Deliberativo da Fundação", disse a empresa.
No caso das fornecedoras, a diretoria da Petrobras decidiu criar comissões para análise de aplicação de sanção administrativa e do bloqueio cautelar.
As fornecedoras são Alusa, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Carioca Engenharia, Construcap, Egesa, Engevix, Fidens, Galvão Engenharia, GDK, Iesa, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior, MPE, OAS, Odebrecht, Promon, Queiroz Galvão, Setal, Skanska, Techint,Tomé Engenharia e UTC.
"A adoção de medidas cautelares, em caráter preventivo, pela Petrobras tem por finalidade resguardar a companhia e suas parceiras de danos de difícil reparação financeira e de prejuízos à sua imagem", disse a estatal, acrescentando que "notificará as empresas do bloqueio cautelar e respeitará o direito ao contraditório e à ampla defesa".
As 23 fornecedoras foram citadas como participantes de cartel nos depoimentos do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, bem como nos depoimentos prestados no âmbito do acordo de delação premiada dos executivos Julio Gerin de Almeida Camargo, do Grupo Toyo, e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, do Grupo Setal.
Habeas corpus
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Falcão, negou ontem o pedido de liminar em habeas corpus apresentado na semana passada pela defesa do empresário Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano, que solicitava a sua soltura. O STJ informa que o ministro entendeu que a gravidade da conduta investigada justifica a manutenção da prisão preventiva.
O presidente do STJ havia solicitado mais documentos à defesa de Soares para melhor instruir os autos do habeas corpus para então apresentar adecisão.
O pedido de liberdade do empresário Fernando Soares foi apresentado na última sexta-feira (26) juntamente com dois executivos da construtora OAS (José Aldemário Pinheiro Filho, presidente; e Mateus Coutinho de Sá Oliveira, diretor financeiro) que também tiveram suas liminares negadas.
Os habeas corpus apresentados ainda terão seus méritos julgados pelo STJ. As datas, entretanto, ainda serão definidas.
Os empresários da OAS são acusados de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e formação de quadrilha. Baiano foi indiciado por participação em organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário