sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015


Costa deixa prisão domiciliar no RJ e chega a Curitiba para depor à Justiça

Ex-diretor da Petrobras é um dos réus no processo da Lava Jato.
Justiça Federal de Curitiba encerra nesta sexta (13) oitivas em 6 processos.

Adriana Justi e Rosanne D'Agostino Do G1 PR
Costa foi levado para a Justiça com os demais réus da Lava Jato  (Foto: Rosanne D'Agostino )Costa foi levado da PF para a Justiça com os
demais réus da Operação Lava Jato
(Foto: Rosanne D'Agostino )
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, uma das testemunhas de acusação da série de audiências da sétima fase da Lava Jato, chegou à Polícia Federal (PF), em Curitiba, por volta das 10h desta sexta-feira (13). De lá, ele foi levado, sob escolta, em um comboio junto com os demais reús da operação para a sede da Justiça Federal, no bairro Ahú.
A audiência começa às 11h e é fechada para a imprensa. Esta é décima e última das oitivas comandadas pelo juiz Sergio Moro em seis processos.
Costa depõe no processo em que o doleiro Alberto Youssef e Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, são réus no suposto esquema de pagamento de propina na estatal. Além do ex-diretor, que atualmente cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro, também deve prestar depoimento o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, sócio de Youssef e apontado como braço direito do doleiro.
São réus neste processo:
Alberto Youssef (doleiro)
Fernando Antônio Falcão Soares (lobista conhecido como Fernando Baiano)
Julio Grein de Almeida Camargo (executivo da Toyo Setal)
Nestor Cunat Cerveró (ex-diretor da área Internacional da Petrobras)
O único dos réus que responde em liberdade é Julio Camargo.
O advogado Edson Ribeiro, que representa Nestor Cerveró, afirmou que seu cliente está tranquilo e que considera "nula" a delação de Paulo Roberto Costa.
Encerrada essa fase, começam a oitivas das testemunhas de defesa e os interrogatórios dos 39 réus.
Os depoimentos fazem parte dos processos da sétima etapa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, deflagrada em novembro e que culminou na abertura de seis ações penais contra executivos de empreiteiras, além de ex-diretores da estatal e pessoas acusadas de operar o esquema de pagamentos de propina.
Os executivos são ligados às empresas Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia, OAS, Camargo Corrêa e UTC. Segundo o Ministério Público Federal, as empreiteiras participaram do chamado “clube”, cartel formado pelas maiores construtoras do Brasil para garantir contratos com a Petrobras.
Delações
Youssef e Costa assinaram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal para colaborar com a Justiça em troca de redução da pena. O conteúdo das delações foi divulgado pela Justiça Federal de Curitiba na quinta (12).
O doleiro Alberto Youssef afirmou ter intermediado pagamento de propina das empresas Camargo Corrêa e Mitsui Toyo ao Partido dos Trabalhadores (PT) por meio do ex-ministro José Dirceu e do tesoureiro petista João Vaccari Neto.
Em outro depoimento concedido no mesmo mês à Polícia Federal (PF), Youssef disse que Dirceu e o ex-chefe da Casa Civil Antônio Palocci eram "ligações" do executivo da Toyo Setal Júlio Camargo com o Partido dos Trabalhadores (PT). O partido nega o recebimento de propina

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