sábado, 31 de dezembro de 2011

A sociedade cearense, desde esta sexta-feira (30), encontra-se sob o impacto da notícia de greve na Polícia Militar (PM). Se já não havia dúvidas de que o movimento paredista é inconstitucional, sua deflagração neste momento de grande mobilidade pública, por conta das comemorações de Ano Novo, chega às raias da insanidade.
Mais grave ainda pelo fato de estar previsto, hoje, em Fortaleza, um dos maiores eventos recreativos e turísticos do País – o Réveillon da Praia de Iracema –, reunindo centenas de milhares de participantes, o que sempre exige um esquema de segurança reforçado. Ainda bem que vieram em socorro dos cearenses (e visitantes) tropas da Força Nacional de Segurança, atendendo prestimosamente ao chamado das autoridades locais.
Estarão os grevistas conscientes de que terão de arcar com as consequências do que vier a acontecer com cidadãos inocentes, eventualmente vitimados pela falta da segurança pública a que têm direito, segundo a Constituição? Insistirão no desvario de fazer a sociedade refém de seus interesses corporativos, ainda quando supostamente justos?
Evidentemente, o fato de ser proibida a greve num serviço essencial como a segurança pública (sobretudo a PM) deveria fazer com que as autoridades hierárquicas compensassem essa interdição legal com uma atitude mais sensível e aguçada, de sua parte, em relação aos problemas vividos pela categoria, detectando-os previamente e resolvendo-os antes de se chegar a um ponto de ruptura. Esse deveria ser o seu dever, pois se a greve é proibida (como de fato é) para este tipo de profissional, como este poderia defender os próprios direitos, sem meios alternativos? Na verdade, é preciso que o Legislativo providencie mecanismos institucionais mais eficazes para a cobrança das responsabilidades das autoridades que têm jurisdição sobre tais categorias de servidores públicos. Claro, nem por isso, deve-se aceitar, neste momento, esse tipo de paralisação em serviço tão essencial e estratégico, pois é inconstitucional e considerado insubordinação militar.
É hora, pois, de desarmar os espíritos, voltar à negociação e deixar o bom senso prevalecer, sob pena de os próprios grevistas passarem a ser encarados como algozes pela sociedade. O que não seria bom para eles.
Estarão os grevistas conscientes de que terão de arcar com as consequências do que vier a acontecer com cidadãos inocentes.

3 comentários:

  1. Quem precisa acima de tudo é o governo (os governantes) ter sensibilidade e fazer valer o seu papel pelo qual foi eleito pelo povo. Resolver os problemas do povo, Isto, é um problema da população que o elegeu.

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  2. Ainda bem que tem pessoas que ver que asta gategoria tem que haver um canal de negociação para suas melhorias.As autoridades têem que vê isto.

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  3. Este titulo: Ilegalidade insana. Traduz a pura realidade.Mas os governos não vê!! Tristeza!!

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