quarta-feira, 27 de maio de 2015


Dilma diz que investigações sobre Fifa ajudarão futebol brasileiro; veja reações

Por BBC | - Atualizada às

"Se tiver de investigar a (escolha da) Copa, que se investiguem todas as Copas", disse a presidente do Brasil
BBC
Dilma Rousseff ao lado de José Maria Marin
Divulgação
Dilma Rousseff ao lado de José Maria Marin
investigações das autoridades norte-americana sobre supostos escândalos de corrupção na Fifa envolvendo o nome de pelo menos três brasileiros já repercutiram pelo país.
A presidente Dilma Rousseff, que está no México em visita oficial, já se manifestou sobre o caso dizendo que o futebol brasileiro "só se beneficiará dessa investigação".
O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi detido em Zurique, na Suíça, juntamente com outros seis dirigentes da entidade máxima do futebol.
Além dele, o empresário José Hawilla, mais conhecido como J. Hawilla, dono da Traffic, a maior empresa de marketing esportivo da América Latina, é um dos réus confessos que ajudaram na investigação. Consultado pela reportagem, o advogado dele, José Luis de Oliveira Lima, afirmou que Hawilla está em liberdade atualmente nos Estados Unidos e apoia as investigações.
Por último, o terceiro brasileiro investigado pelo FBI é José Lazaro Margulies, proprietário das empresas Valente Corp. e Somerton Ltd., ambas ligadas a transmissões esportivas.
Veja as principais reações no Brasil:
Dilma Rousseff (em entrevista a jornalistas na Cidade do México)
"Acho que toda investigação sobre essa questão é muito importante. Não vejo como prejudicial ao Brasil, ela só vai beneficiar o futebol brasileiro.
Se tiver de investigar a (escolha da) Copa, que se investiguem todas as Copas. Essa postura (do governo) vale para todos, desde a Lava Jato até este caso."
FBI realiza prisões de dirigentes da Fifa na Suíça. Foto: AP
Operação surpresa na Suíça prende executivos da Fifa às vésperas da eleição
. Foto: Reuters
José Maria Marin, presidente da CBF. Foto: Felipe Dana/AP
Nicolás Leoz, antigo presidente da Conmebol. Foto: BBC
Julio Rocha, dirigente máximo da Federação Nicaraguense de Futebol. Foto: FIFA/ Divulgação
Eduardo Li, da Costa Rica. Foto: FIFA.COM/REPRODUÇÃO
Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman. Foto: BBC
Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman. Foto: BBC
Eugenio Figueredo, do Uruguai. Foto: CONMEBOL/REPRODUÇÃO
Eugenio Figueredo, do Uruguai. Foto: CONMEBOL/REPRODUÇÃO
Jack Warner, de Trinidad e Tobago. Foto: BBC
Jack Warner, de Trinidad e Tobago. Foto: BBC

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CBF (nota oficial)
"Diante dos graves acontecimentos ocorridos nesta manhã em Zurique, envolvendo dirigentes e empresários ligados ao futebol, a CBF vem a público declarar que apoia integralmente toda e qualquer investigação.
A entidade aguardará, de forma responsável, sua conclusão, sem qualquer julgamento que previamente condene ou inocente.
A nova gestão da CBF, iniciada no dia 16 de abril de 2015, reafirma seu compromisso com a verdade e a transparência."
Advogado de José Hawilla, José Luis de Oliveira Lima (em contato com a BBC Brasil)
"O empresário José Hawilla apoia as investigações e prestou esclarecimentos devidos às autoridades americanas. Ele está em liberdade, nos Estados Unidos."
Romário, ex-jogador e senador (em audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte no Senado)
"Infelizmente, não foi a nossa polícia que prendeu (os suspeitos). (...) Parabenizo o FBI e especialmente a polícia suíça pela atitude. Espero que isso repercuta positivamente e que isso passe a ser aplicado na América do Sul".
"Graças a Deus, o que se faz, aqui se paga aqui também. (...) Acredito que, com isso, alguma coisa se modifique".

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