sexta-feira, 11 de setembro de 2015



Operação Lava Jato 11/09/2015 - 16h12

Aníbal Gomes não soube explicar aumento de patrimônio, diz jornal

Em depoimento dado no dia 27 de agosto, o peemdebista disse que apenas seu contador, citado apenas com "Tim", poderia explicarO deputado federal Aníbal Gomes (PMDB/CE) não soube explicar a Polícia Federal como seu patrimônio passou de R$300 mil para R$6,8 milhões entre 2006 e 2010. Em depoimento dado no dia 27 de agosto, e que teve trechos divulgados nesta sexta, 11, pelo jornal Folha de S. Paulo, o peemedebista disse que apenas seu contador, citado como "Tim", poderia explicar. Entretanto, perguntado qual queria o sobrenome, o peemedebista disse não saber, apesar de afirmar que ele é responsável pela administração de seus recursos "há mais de 20 anos". Aníbal também afirmou que seu patrimônio seria, na verdade, de cerca de R$1 milhão.

De acordo com a reportagem, o congressista, entretanto, reconheceu que havia declarado à Justiça Eleitoral que mantinha R$1,5 milhão em espécie em sua casa em 2010 e R$1,8 milhão em 2012. A segunda quantia, entretanto, não teve a origem confirmada. Segundo o depoimento tomado pela PF, Aníbal alegou "que não sabe a origem da mesma, podendo esta ser explicada pelo seu contador" e que, na realidade, só mantinha R$200 mil em casa.

O depoimento integrou o pedido de investigação enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF). Aníbal é um dos político em exercício de mandato eletivo sendo investigados pela Operação Lava Jato, que apura desvios em empresas públicas como Petrobrás e Eletrobras.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, qualificou Aníbal, em depoimento em julho, como um emissário do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB), dentro do esquema. O cearense, por sua vez, negou. Ele confirmou diversos encontros com Costa. Entretanto, de acordo com o jornal, ele afirma que "em 80% das vezes", tiveram como objetivo levar "solicitações de empresas interessadas em se cadastrar para participar de licitações da Petrobras". Os dois, segundo o congressistas, se conhecem há mais de dez anos e ter um relacionamento "cortês".

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