quarta-feira, 27 de abril de 2016


Preso pela Lava Jato em Portugal tem liberdade negada pelo TRF4

Raul Schmidt Junior é suspeito de ser operador do esquema investigado.
Ele já havia tido uma liminar negada; mérito foi julgado nesta quarta (27).

Do G1 RS
GNEWS Raul Schmidt (Foto: GloboNews)Raul Schmidt foi preso na segunda-feira (21), em Portugal (Foto: GloboNews)
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre, negou, de forma definitiva, o pedido de liberdade de Raul Schmidt Junior, preso em Lisboa durante a 25ª fase de Operação Lava Jato, realizada na capital portuguesa. Suspeito de ser operador do esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal, Schimidt já havia tido uma liminar negada no início do mês. O mérito do habeas corpus foi julgado nesta quarta-feira (27).
Schimdt é brasileiro e também possui cidadania portuguesa. O operador foi preso preventivamente no apartamento onde morava em Lisboa.
O que dizem as investigações
Schmidt é alvo da 10ª fase da operação e suspeito de envolvimento em pagamento de propinas aos ex-diretores da Petrobras Jorge Zelada, Renato de Souza Duque e Nestor Cerveró.

Os três também foram presos na Lava Jato e estão detidos no Paraná. Segundo a Polícia Federal (PF), Raul Schmidt é tido como sócio de Zelada.
De acordo com o MPF, além de atuar como operador financeiro, ele aparece como preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da estatal.
Segundo as autoridades portuguesas, Schmidt foi preso às 7h no apartamento (horário local) onde morava em Lisboa. No imóvel também foram apreendidos obras de arte e documentos.
As investigações apontam ainda que o apartamento está avaliado em cerca de 3 milhões de euros e que está em nome de uma offshore da Nova Zelândia.
Desembargador vê risco na liberdade
A defesa de Schmidt Junior argumentou que ele não estava foragido, apenas vivia no exterior desde 2005, e portanto não haveria risco de fuga ou novas práticas criminosas. No entanto, a 8ª Turma do TRF4 confirmou a decisão em caráter liminar pelo desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processos de segunda instância da Lava Jato no país, que disse em seu voto que a liberdade do suspeito acarretaria em risco concreto à ordem pública e à aplicação da lei penal.

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