terça-feira, 14 de junho de 2016

CBF define Tite como plano A, mas espera reunião com Dunga para agir

Depois de ter ouvido "não" do técnico do Corinthians em abril, confederação agora quer primeiro definir situação de Dunga e Gilmar Rinaldi antes de abordar sucessor

Por São Paulo e Rio
Tite Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)Tite é o plano A para substituir Dunga após eliminação do Brasil na Copa América (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)
Tite é o plano A da CBF caso Dunga e Gilmar Rinaldi sejam demitidos na terça-feira, quando chegam ao Brasil após eliminação na fase de grupos da Copa América Centenário. E o Plano B? No momento, não há.
Como o GloboEsporte.com revelou nesta segunda, o presidente da confederação, Marco Polo Del Nero, quer ter uma reunião presencial com o técnico e o coordenador de seleções antes de anunciar sua decisão. Dentro da CBF, não sobrou ninguém que defenda a permanência da dupla.
Não é de hoje que o técnico do Corinthians é o preferido da cúpula da entidade para substituir Dunga. Contatos foram feitos em 2015 e em 2016. Nas duas, Tite recusou o convite. Um dos motivos alegados pelo treinador é que não conversaria com a CBF enquanto houvesse um treinador empregado. 
Desta vez, Del Nero adota outra estratégia, a de não comunicar oficialmente qualquer decisão e não autorizar qualquer movimento nos bastidores antes do encontro com Dunga e Gilmar Rinaldi na terça. A dupla embarca ainda nesta segunda nos EUA rumo ao Brasil, chega a São Paulo na manhã de terça e em seguida segue para o Rio para o encontro na sede da CBF.

A ausência de respaldo dentro da entidade leva a crer que a demissão de Dunga é inevitável, mas mesmo a pessoas próximas Del Nero se limita a dizer que está "refletindo". Há um consenso sobre o nome de Tite - "é o sonho", nas palavras de quem participa das tomadas de decisão da entidade - mas não há certeza de que desta vez aceitaria o emprego.

Uma reportagem da TV Globo que foi ao ar nesta segunda informou que Tite tem duas exigências para assumir a seleção: a primeira é que o cargo esteja disponível, algo com que a CBF concorda. A outra é montar a comissão técnica, algo que historicamente os técnicos da seleção já fazem.
Outro aspecto que parece consolidado dentro da CBF é que Dunga e Gilmar serão avaliados em conjunto. Assim, é dada como "quase impossível" a demissão de um e a permanência de outro. Ou ficam os dois, ou caem os dois. O que está indefinido é quem vai comandar o Brasil na Olimpíada do Rio. 
A eliminação engrossou a lista de maus resultados colhidos por Dunga desde que ele voltou ao banco de reservas da Seleção depois do Mundial de 2014: queda nas quartas de final da Copa América de 2015 e o sexto lugar atual nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo na Rússia, em 2018.
O Brasil deixou a Copa América com apenas quatro pontos em três jogos e só fez gols no Haiti (vitória de 7 a 1 na segunda rodada). Na estreia, o time de Dunga ficou no 0 a 0 com o Equador e depois perdeu para o Peru por 1 a 0 na despedida. A Seleção não era eliminada na primeira fase da Copa América desde 1987.
Dunga Brasil x Peru (Foto: Alexandre Lozetti)Gilmar e Dunga deixam o estádio após derrota para o Peru: dupla pode ser demitida (Foto: Alexandre Lozetti)

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