segunda-feira, 27 de junho de 2016

Gleisi diz que ação da PF em sua casa teve intenção de 'constranger'

Senadora do PT discursou nesta segunda (27) na tribuna no Senado.
Na última quinta (23), marido da petista foi preso na Operação Custo Brasil.

Gustavo GarciaDo G1, em Brasília
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi à tribuna para falar sobre a prisão do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi à tribuna para falar sobre a prisão do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Quatro dias após a Polícia Federal (PF) deflagrar a Operação Custo Brasil – um desdobramento da Lava Jato –, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) usou nesta segunda-feira (27) a tribuna do Senado para comentar a prisão de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo. Na avaliação da parlamentar petista, a ação dos policiais federais em sua residência para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão teve "a clara intenção de constranger".
Esta foi a primeira declaração pública de Gleisi desde que seu marido foi preso pela PF, em Brasília, na última quinta-feira (23). Paulo Bernardo está detido na superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
"O cerco policial, por terra e ar, de nossa casa e a ordem judicial para entrar em nosso apartamento teve a clara intenção de constranger, não só a mim, mas a todos os moradores, como se a intenção principal fosse mostrar sua onipotência contra cidadãos desarmados", discursou a petista na tribuna do Senado.
Ex-ministro do Planejamento e das Comunicações, Paulo Bernardo é suspeito de ter se beneficiado da contratação da empresa Consist, que cobrava mais do que devia e repassava 70% do seu faturamento para o PT e para políticos. De acordo com a investigação, um escritório de advocacia ligado ao ex-ministro recebeu mais de R$ 7,6 milhões de 2010 a 2015 em decorrência do esquema, de acordo com as autoridades.
O cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão na casa de Paulo Bernardo e Gleisi gerou protestos da direção do Senado pelo fato de se tratar de um imóvel funcional de parlamentar com foro privilegiado. A Casa chegou a solicitar que o Supremo Tribunal Federal (STF) declare nulas as provas obtidas pelo Ministério Público Federal no apartamento funcional de Gleisi.

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