quinta-feira, 20 de novembro de 2014


Duque nega ter conhecimento de pagamentos de propina na Petrobras

Ex-diretor reconheceu ter recebido R$ 1,6 milhão de empreiteira.
Porém, ele afirmou que a quantia foi paga por um serviço de consultoria.

Samuel Nunes Do G1 PR
Foto de arquivo do ex- diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, durante entrevista na sede da empresa, no centro do Rio de Janeiro, em junho de 2005 (Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo)Ex-diretor de Serviços da Petrobras disse que
conhece o lobista Fernando Baiano
(Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo)
O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, preso na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, negou ter participado de qualquer esquema de propina na Petrobras. Duque prestou depoimento aos policiais que cuidam do caso na Superintendência da PF, em Curitiba, onde ele está detido, com a prisão preventiva decretada pela Justiça. Na conversa, o ex-diretor confirmou ter recebido R$ 1,6 milhão da construtora UTC, para a qual ele diz ter prestado serviços de consultoria.
Duque negou ter conhecimento de qualquer caso de corrupção dentro da estatal. No depoimento, ele reconhece que abriu uma empresa de consultoria pouco antes de se aposentar na Petrobras. Ele, inclusive, garantiu que foi por causa da aposentadoria no INSS que resolveu deixar a empresa.
O ex-diretor também foi questionado sobre a existência de um cartel de empresas para realizarem obras para a Petrobras. Duque negou ter conhecimento e disse que todas as licitações passavam por uma Gerência de Orçamentos, que verificava os valores a serem gastos para cada obra da estatal e que os valores só eram divulgados no momento da abertura das propostas das empresas que participavam das concorrências.
Ao ser confrontado com o depoimento do também ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, sobre um superfaturamento que existiria para desvios e abastecimento financeiro de partidos políticos, Duque disse duvidar que o antigo colega tivesse feito tal afirmação. Para Duque, é pouco provável que a Petrobras tenha sido alvo de desvios de dinheiro.

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