PT repete “mensalão” e trata suspeito do “petrolão” como herói injustiçado
Quem repete por aí que todos são iguais,
banalizando os infindáveis escândalos de corrupção da era lulopetista,
ignora ao menos duas diferenças básicas: primeiro, a magnitude da coisa,
que atingiu patamares nunca antes vistos na história deste país;
segundo, a reação do próprio PT, que se nega a cobrar investigações e
punir os seus corruptos.
Foi assim no “mensalão”, quando mesmo
depois de julgados e condenados em última instância, os corruptos da
alta cúpula partidária foram tratados como heróis injustiçados, e a
própria Justiça foi alvo de duros ataques, principalmente o ministro
Joaquim Barbosa. O PT fez sua escolha oficial: José Dirceu é o
“guerreiro do povo brasileiro”, e Barbosa o “inimigo do povo”. Agora,
com o “petrolão”, tudo já indica que a postura do PT será a mesma.
No epicentro do escândalo, acusado com
várias evidências de ser o operador do PT dentro do esquema de desvio na
Petrobras, está o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. E qual a
reação do partido diante disso? Cobra investigações? Pede punições caso
comprovados os desvios? Só rindo. O partido recebe o suspeito com
aplausos efusivos. Isso mesmo: Vaccari foi ovacionado em evento do PT:
Um
dos alvos da Operação Lava-Jato, que investiga desvios bilionários na
Petrobras, o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, foi blindado
pelo partido e ovacionado pelos integrantes do Diretório Nacional, nesta
sexta-feira, durante reunião em Fortaleza. O desagravo e as palmas,
puxadas pelo presidente do PT, Rui Falcão, aconteceram no encontro que,
mais tarde, teve a participação da presidente Dilma Rousseff.
Ao
falar sobre as finanças do PT, em encontro fechado em um hotel de
Fortaleza, Vaccari se disse injustiçado e aproveitou para se defender
das acusações de que seria um dos beneficiários do esquema de
recebimento de propinas da Petrobras e de empreiteiras que mantêm
negócios com a estatal.
O
tesoureiro afirmou aos integrantes do Diretório Nacional: “Nunca fiz
nada de errado”. Vaccari disse não ter “nada a temer” e alegou que vem
sendo alvo sistemático de “injustiças”. Ele explicou aos petistas que
seus sigilos bancário, fiscal e telefônico estão abertos desde 2000 e
que nunca ninguém encontrou nada que o desabonasse.
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