sexta-feira, 31 de maio de 2013

Peixes na Beira-Mar

Mercado provisório divide opiniões

Frequentadores do mercado dos peixes reclamam da falta de acessibilidade e também de policiais

O mercado provisório dos peixes, no Mucuripe, foi o destino de muitas famílias na manhã desse feriado. Apesar de a maioria dos entrevistados concordar que o mercado está bem melhor nessa estrutura, ainda que provisória, alguns aspectos ainda deixam a desejar, como a acessibilidade. De acordo com a professora Cláudia Cavalcante, para um cadeirante, ainda é um desafio frequentar o lugar. "Em toda a Beira-Mar só existem quatro rampas de acesso para cadeirantes e, nas vagas de estacionamento reservada para deficientes físicos, muitas pessoas que não têm direito a essas vagas estacionam irregularmente", destaca. Além disso, para a professora, o número de policiais é insuficiente para cobrir aquela área: "Eu só vi dois e eles ficam parados. Não me sinto segura".

Os frequentadores gostaram das instalações, mas reclamam do piso e da carência de policiais, além da falta de acesso a cadeirantes Foto: Alex Costa

No trecho do calçadão que é ocupado pelos quiosques existem várias buracos no chão e cerâmicas faltando no revestimento, o que pode causar acidentes para coopistas e ciclistas. "Fortaleza é uma cidade turística e nos envergonha que o calçadão esteja desse jeito", ressaltou a professora.

Já a analista de suporte técnico Simone Carine, turista de Brasília, aproveitou para comprar camarão no Mercado dos Peixes e levar para a sua cidade, onde os preços são bem mais altos. "Lá, a gente passa bem mal de frutos do mar. Nunca encontrei camarão em Brasília por menos de R$ 35 e ainda é congelado e sem gosto", disse Simone Carine, que levou um quilo a R$ 15.

O mercado provisório dos peixes começou a funcionar atrás da primeira Estátua de Iracema, no Mucuripe, no último dia 21. Ao todo, são 49 permissionários, sendo 45 de comercialização e quatro de fritura. O custo total do projeto, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor), está em torno de R$ 5 milhões. O novo mercado deverá ficar pronto em 11 meses. Ainda de acordo com a Setfor, a questão das rampas está sendo apreciada pela Regional II, mas a secretaria acredita que há a necessidade de construir outros equipamentos de acessibilidade. A Setfor também esclarece que o local foi escolhido pelos próprios permissionários, por conta da proximidade com o mercado permanente, e a Prefeitura achou viável.

Quanto aos problemas no calçamento, a assessoria de imprensa da Setfor disse que serão consertados nas obras de requalificação. Em relação à segurança, informou que, além dos dois policiais a pé, há outros fazem em motos e viaturas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário