VIADUTOS NO COCÓ
Manifestantes entram em conflito com Guarda
Após confusão, os acampados fecharam o cruzamento das Avenidas Antônio Sales e Eng. Santana Júnior
Os acampados no Parque do Cocó entraram em confronto com a Guarda Municipal, no fim da tarde de ontem, após retirarem os tapumes da praça onde serão iniciadas as obras dos dois viadutos, no cruzamento entre as Avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santa Júnior. Os manifestantes reivindicam que mais nenhuma árvore do parque seja cortada e que a Prefeitura procure alternativas para a mobilidade urbana da Cidade.
Grupo retirou e chutou os tapumes das obras dos viadutos e agentes da Guarda Municipal reagiram lançando spray de pimenta Foto: Kiko Silva
Antes da confusão, cerca de 100 pessoas se reuniram no acampamento montado pelos manifestantes no Cocó. Somente após uma reunião, eles decidiram realizar a ação na praça onde os tapumes ainda estavam sendo colocados. Os acampados seguiram para o local com faixas e cartazes com frases contrárias à intervenção.
Ao chegar na área, os manifestantes começaram a puxar e chutar os tapumes. Com isso, três agentes da Guarda Municipal lançaram spray de pimenta em todos que estavam na calçada.
A revolta do grupo aumentou quando seus integrantes perceberam que os agentes não estavam com a identificação em seus uniformes. Então, eles jogaram água e também pedras nos guardas que tentavam acabar com a retirada dos tapumes.
Quando os ânimos acalmaram, os acampados pegaram algumas partes dos tapumes quebrados e fecharam o cruzamento das avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior, deixando o trânsito engarrafado.
Veja o momento do confronto entre os manifestantes e a Guarda Municipal:
Debate
A militante Rosa da Fonseca comentou que os manifestantes vão continuar acampados no Cocó porque entendem que os viadutos não vão resolver os problemas de mobilidade da Capital, além de agredir as árvores e animais do parque. "Deve ser realizado um debate com a população para saber o que ela quer".
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf), Samuel Dias, que estava no local, a obra é legal e licenciada e, por isso, não será paralisada. "Essa é uma intervenção para todos que trafegam pelas ruas. Esses pseudoecologistas querem usar como palanque".
O secretário ressaltou que todos os estudos necessários foram feitos para analisar outras possibilidades. Dentre todas as alternativas, conforme ele, a construção dos dois viadutos foi a mais adequada e econômica.
Dias acrescentou que, agora, os agentes da Guarda Municipal vão ficar no local para proteger as obras e os trabalhadores.
Sobre a falta de identificação nas fardas dos guardas municipais, um dos oficiais explicou que eles eram agentes civis, e não militares. Por isso, segundo ele, não há a obrigatoriedade da identificação.
O procurador da República Márcio Andrade Torres, do MPF/CE, ajuizou, ontem, uma medida cautelar criminal que requer a paralisação das intervenções realizadas no Cocó. A medida tem como objetivo impedir a derrubada das árvores, até que seja apresentado pela Prefeitura licenciamento ambiental.
Os acampados no Parque do Cocó entraram em confronto com a Guarda Municipal, no fim da tarde de ontem, após retirarem os tapumes da praça onde serão iniciadas as obras dos dois viadutos, no cruzamento entre as Avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santa Júnior. Os manifestantes reivindicam que mais nenhuma árvore do parque seja cortada e que a Prefeitura procure alternativas para a mobilidade urbana da Cidade.
Grupo retirou e chutou os tapumes das obras dos viadutos e agentes da Guarda Municipal reagiram lançando spray de pimenta Foto: Kiko SilvaAntes da confusão, cerca de 100 pessoas se reuniram no acampamento montado pelos manifestantes no Cocó. Somente após uma reunião, eles decidiram realizar a ação na praça onde os tapumes ainda estavam sendo colocados. Os acampados seguiram para o local com faixas e cartazes com frases contrárias à intervenção.
Ao chegar na área, os manifestantes começaram a puxar e chutar os tapumes. Com isso, três agentes da Guarda Municipal lançaram spray de pimenta em todos que estavam na calçada.
A revolta do grupo aumentou quando seus integrantes perceberam que os agentes não estavam com a identificação em seus uniformes. Então, eles jogaram água e também pedras nos guardas que tentavam acabar com a retirada dos tapumes.
Quando os ânimos acalmaram, os acampados pegaram algumas partes dos tapumes quebrados e fecharam o cruzamento das avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior, deixando o trânsito engarrafado.
Veja o momento do confronto entre os manifestantes e a Guarda Municipal:
Debate
A militante Rosa da Fonseca comentou que os manifestantes vão continuar acampados no Cocó porque entendem que os viadutos não vão resolver os problemas de mobilidade da Capital, além de agredir as árvores e animais do parque. "Deve ser realizado um debate com a população para saber o que ela quer".
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf), Samuel Dias, que estava no local, a obra é legal e licenciada e, por isso, não será paralisada. "Essa é uma intervenção para todos que trafegam pelas ruas. Esses pseudoecologistas querem usar como palanque".
O secretário ressaltou que todos os estudos necessários foram feitos para analisar outras possibilidades. Dentre todas as alternativas, conforme ele, a construção dos dois viadutos foi a mais adequada e econômica.
Dias acrescentou que, agora, os agentes da Guarda Municipal vão ficar no local para proteger as obras e os trabalhadores.
Sobre a falta de identificação nas fardas dos guardas municipais, um dos oficiais explicou que eles eram agentes civis, e não militares. Por isso, segundo ele, não há a obrigatoriedade da identificação.
O procurador da República Márcio Andrade Torres, do MPF/CE, ajuizou, ontem, uma medida cautelar criminal que requer a paralisação das intervenções realizadas no Cocó. A medida tem como objetivo impedir a derrubada das árvores, até que seja apresentado pela Prefeitura licenciamento ambiental.
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