Brasil goleia Honduras em Miami em dia de perseguição a Neymar 5 x 0
O resultado confirma a boa fase da seleção, que só venceu desde a Copa das Confederações. Para Luiz Felipe Scolari, a goleada serve para criar mais algumas interrogações a dois jogos da lista final para o Mundial. Para Neymar, foi um teste de paciência e uma noite de pouco futebol. Para o resto do time, foi a chance de fazer bonito e mostrar serviço para o chefe.Em seu penúltimo jogo do ano, o Brasil sofreu pouco para golear Honduras em Miami. A maior parte do trabalho sujo, na verdade, ficou para Neymar. Em dia de perseguição dos rivais, o camisa 10 verde-amarelo apanhou bastante e reagiu com provocação, mas viu seus colegas fazerem bonito com o 5 a 0 diante de um estádio quase lotado.
No início do jogo, porém, uma seleção lenta não dava sinais de que vivia uma disputa interna por posição, em uma das últimas chances de mostrar serviço para Felipão. Durante dez minutos, o Brasil se movimentou pouco, esperou Honduras em seu campo de defesa e por pouco não levou o gol em uma saída atabalhoada de Victor, em sua primeira chance como titular.
Quem acordou o Brasil foi o próprio time de Honduras, que não soube lidar com as investidas de Neymar ao campo de ataque. Quanto mais apanhava, mais o atacante do Barcelona buscava o jogo. E ele apanhou muitas vezes.
Só no primeiro tempo, Neymar ficou caído no gramado com dores em cinco oportunidades. Entradas na canela, uma tesoura e alguns xingamentos estavam no arsenal dos hondurenhos, que tinham o apoio da maioria do estádio Sunlife, que chegou a ensaiar uma vaia ao brasileiro.
O problema é que parte do espetáculo dependia de Neymar. Aos 14 minutos, no primeiro grande lance do jogo, ele chapelou um rival na intermediária e mandou, de primeira, a bola para Bernard na cara do gol. O camisa 20 perdeu a chance, mas a bola deixou claro quem era o homem a ser marcado.
Irritado, Neymar passou a prender a bola e provocar, chamando mais e mais faltas. Em algumas delas, chegou a revidar com chutes e empurrões. O árbitro, o canadense David Gantar, via tudo de forma passiva. Comprometido com a ideia de não tirar ninguém mais cedo de campo, ele ignorou a disputa pessoal e só deu três cartões amarelos, todos em jogadas envolvendo o camisa 10 do Brasil.
A atenção a ele era tanta que foi justamente em uma jogada da qual ele não participou que o gol saiu. Aos 21 minutos, Paulinho dominou na direita e cruzou rasteiro para Bernard, que bateu de frente para o gol e abriu o marcador.
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