segunda-feira, 29 de abril de 2013


Situação de rua

Praça do Liceu é ocupada por grupo de pessoas


População deixou de frequentar o lugar; a insegurança é outra reclamação dos moradores do entorno

A Praça Gustavo Barroso, em frente à escola Liceu do Ceará, no bairro Jacarecanga, é endereço certo de pessoas em situação de rua que fixaram residência em seus bancos e sombras. Durante o dia, é fácil avistar dezenas destes espalhados pelo equipamento público. Eles lavam roupas, louça, cozinham e tomam banho, a água vem da praça mesmo. Os panos quaram no chão do logradouro, assim como os pratos que são postos por lá, e enxugam com o vento.

Os bancos do logradouro viraram a residência de grupo de pessoas, que lava roupa, cozinha, toma banho e dorme na praça, aos olhos de quem passa no local. O mau cheiro também tomou conta do lugar Foto: Marília Camelo
Em uma casa sem paredes e sem teto, o banheiro também segue a mesma linha, além de não ter vaso sanitário e, consequentemente, descarga. Tudo é feito ali mesmo, aos olhos de quem passa pelo local. Além de presenciar a cena, o mau cheiro que sobe é insuportável e fica por lá dias e dias.

Os moradores do entorno já não utilizam mais o equipamento de lazer, tendo em vista a sensação de insegurança do local, que se tornou insalubre. Os comerciantes que têm estabelecimentos há mais de 15 anos ao redor da praça reclamam.

"Notamos a queda nas vendas, pois é extremamente desconfortável sentar para comer ou simplesmente folhear uma revista quando tem alguém que fica observando sua bolsa, pedindo suas compras. A sensação é péssima. Além disso, o odor que vem de lá não é nada agradável", relata a atendente da panificadora Sílvia Helena, 40, que trabalha há 17 anos no local.

Na opinião do autônomo José Oliveira, 45, a Praça do Liceu, como é mais conhecida a Praça Gustavo Barroso, não pertence mais ao cidadão. "Os assaltos por aqui são recorrentes. Passar pelo meio do espaço é algo que as pessoas não fazem mais, isso por medo de terem seus pertences tomados. E tanto faz se é durante o dia ou de noite", lamenta Oliveira.

Cansados da situação, tanto alunos, quanto moradores e comerciantes reivindicam do poder público um policiamento fixo na praça.

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