domingo, 20 de abril de 2014


REQUALIFICAÇÃO

Obras na Beira-Mar estão atrasadas


Novo Mercado dos Peixes e espigão em frente ao Náutico estão em construção há cerca de um ano


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Devido à construção do novo Mercado dos Peixes, comerciantes estão instalados em uma estrutura provisória desde maio do ano passado
FOTOS: FABIANE DE PAULA
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O espigão da Beira-Mar, com 300 metros de extensão, tem o objetivo de ampliar a faixa de praia e garantir o aumento do calçadão. Falta a urbanização do local
Embora seja um dos pontos turísticos mais conhecidos, tradicionais e movimentados da cidade, a Avenida Beira-Mar, em Fortaleza, está vendo seus projetos de requalificação ficarem em segundo plano. Em andamento há cerca de um ano, a primeira etapa das obras que pretendem recuperar a área, que inclui a reforma do Mercado dos Peixes e a construção de um espigão em frente ao clube Náutico, já teve vários prazos de entrega prometidos e adiados, seguindo, hoje, em ritmo lento. A demora vem deixando comerciantes e moradores da região insatisfeitos.
Quando os trabalhos para a implantação do novo espigão tiveram início, em maio do ano passado, a previsão de conclusão dada pela Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor), responsável pelas intervenções, era setembro de 2013, apenas três meses depois. Em agosto do mesmo ano, parte da obra estava, de fato, finalizada. Contudo, a etapa de urbanização do local e o aterro hidráulico do litoral ainda estão pendentes.
Com 300 metros de extensão, o equipamento foi concebido a fim de ampliar a faixa de praia e, assim, dar mais espaço para a orla e assegurar o aumento do calçadão. "O projeto é bom, mas, até agora, o espigão não está servindo da forma que deveria", diz Avelino Dutra, secretário-executivo do Náutico Atlético Cearense.
Ele afirma que o trabalho caminha lentamente há alguns meses e acredita que dificilmente ficará pronto para atrair os turistas durante a Copa do Mundo deste ano. "Acho que, quando for concluído, trará melhorias. Mas a obra está atrasada e quase parada", afirma.
Permissionários
No Mercado dos Peixes, o atraso é mais grave, uma vez que está prejudicando os negócios dos permissionários e o serviço ofertado à população. Instalados em uma estrutura provisória desde maio do ano passado, os comerciantes aguardam ansiosamente a transferência de volta para o antigo mercado. O retorno, entretanto, depende da conclusão da reforma no espaço, iniciada em agosto de 2013, originalmente prometida para março deste ano, mas ainda em curso.
Na opinião dos funcionários dos boxes, o entusiasmo dos primeiros dias de restauração se transformou em incerteza. "Acho que não sai tão cedo. Aumentaram a quantidade de pessoas trabalhando na obra, mas ainda não dão conta", diz o permissionário Cosmo de Lima.
Enquanto isso, a estrutura temporária vai chegando a seu limite, dificultando a rotina no local. "É impossível uma coisa que foi feita para ser provisória durar um ano. Tem muito box enferrujado e os resíduos dos peixes ficam se acumulando porque não tem ninguém para limpar", afirma o comerciante Antônio Ferreira. O resultado de todas as dificuldades é a queda nas vendas. "O movimento caiu mais de 50%. Não tem estacionamento, então as pessoas não querem parar", completa.
Verbas
Segundo Salmito Filho, titular da Setfor, a demora no término das obras ocorreu por conta de atrasos no repasse de verbas do Ministério do Turismo, financiador de maior parte do projeto, o que causou mudanças no cronograma de execução do trabalho. "A Prefeitura gerencia a obra, mas 90% dos recursos são do Ministério, e o ritmo da obra depende de seu ritmo financeiro. Se o recurso demora para chegar, a empresa reduz a quantidade de pessoas trabalhando e o ritmo do serviço", afirma.
O secretário destacou que a base de pedra do espigão, necessária para que o equipamento cumpra seu objetivo, já está finalizada, restando apenas a urbanização do espaço. Ele ressalta, ainda, que as obras no Mercado dos Peixes chegam a 80% do total.
No entanto, por conta dos problemas no repasse, Salmito Filho evitou dar novos prazos para a conclusão das intervenções e afirmou que tudo depende do investimento oriundo do governo federa

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