quinta-feira, 11 de junho de 2015


CPI convoca presidente do Instituto Lula e aprova quebras de sigilo e acareações que incomodam o PT

11 de junho de 2015
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carlos sampaio foto Agencia CamaraÀs vésperas do 5ª congresso do PT, que acontece nesse final de semana em Salvador, a CPI da Petrobras aprovou requerimentos que causam temor no partido. Além de acareações e quebras de sigilo, o colegiado acatou o pedido de convocação de Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, para que ele explique doações feitas por empresa investigada na Operação Lava Jato à instituição.
Diversos petistas e ex-diretores indicados pelo Partido dos Trabalhadores  e que são personagens chaves no  esquema de corrupção na estatal foram convocados ou tiveram suas quebras de sigilo aprovadas. O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), rechaçou a tentativa de parlamentares petistas de impedir a apreciação dos pedidos.
“Chega a ser hilária a postura do PT tentando impedir uma apuração desse porte. Está em jogo a investigação daqueles que levaram a Petrobras à bancarrota. O partido da presidente da República e do ex-presidente Lula tentar impedir essa votação por causa de seu congresso é um vergonha nacional”, condenou Sampaio.
Durante mais de uma hora, a bancada do PT na CPI tentou impedir a apreciação dos requerimentos. Entre os itens da pauta que acabaram aprovados, mesmo diante da choradeira petista, estão a quebra de sigilo do ex-ministro petista José Dirceu, a acareação entre Pedro Barusco e Renato Duque (ex-diretores da estatal indicados pelo partido) e entre Barusco e o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto.
Sem sucesso na tentativa de impedir a votação, o deputado Afonso Florense (PT) iniciou uma discussão que foi silenciada pelo líder tucano: “Eu vou dizer o nome dos bandidos do PT em alto e bom som e quero silêncio. Amanhã no Congresso deles vai estar estampado na manchete dos jornais que os bandidos do partido, que inclusive estão presos, tiveram seus sigilos quebrados e acareações aprovadas por essa CPI”, disse.
Lula na mira – O presidente do Instituto Lula terá que esclarecer as doações no valor de R$ 3 milhões à entidade feitas de 2011 a 2013 pela Camargo Corrêa, empresa investigada pela operação Lava Jato. Okamoto também terá que explicar o repasse de R$ 1,5 milhão realizado pela empreiteira  para a empresa de palestras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a L.I.L.S. Palestras Eventos e Publicidade.
Um dos autores da convocação, o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) afirmou que o PT deveria, assim como a sociedade brasileira, estar interessado nos esclarecimentos. “Será bom para todos que se esclareça isso. Ele tem que vir e o próprio Lula deveria ter interesse nisso”, avaliou. Vice-presidente do colegiado o tucano foi responsável pela condução de parte da votação e garantiu que os 140 requerimentos aprovados nesta quinta-feira  são “de extrema importância para dar curso a investigação”.
Figurões petistas na cadeia – Segundo Carlos Sampaio, o desespero petista durante a reunião se deu em virtude da gravidade das acusações que pesam sobre integrantes do PT e que já se aproximam do ex-presidente Lula. “Mas, o Brasil quer saber a verdade. O país não suporta mais a hipocrisia desse partido que diz defender os trabalhadores, mas usa o dinheiro do povo para seus interesses e para eleger uma presidente com recursos que são fruto da corrupção”, alertou.
Enquanto usava seu tempo de líder para defender a postura do PSDB em prol das investigações, Sampaio chegou a ser interrompido por ataques de Florence, mas reagiu: “É só falar o nome dos criminosos do PT que estão presos que o Florence fica indignado. Mas, vou fazer o que se são bandidos mesmo e estão presos? É tesoureiro, ministros, deputados, todos do PT e todos presos. Mas é o mínimo que a sociedade espera. Se estão presos, azar deles”, disse.
O tucano rebateu ainda as declarações de Florence de que a oposição tenta denegrir a imagem de seu partido. “Isso não existe. Foi o PT que se desgastou roubando. Estou dizendo a verdade, pois os bandidos do PT estão presos e eles não querem que sejam investigados. Eles próprios se deterioraram usando a ação política para isso”, afirmou. “Agora realmente, é uma vergonha para eles, afinal vão para o congresso do partido que vai estar esvaziado, pois os grandes nomes da sigla não estarão lá por que estão presos.
Do Portal do PSDB na Câmara

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