EMAIL: tadashienomoto@hotmail.com
////FONES:(085) 9991.6655 e 8696.0180 - Fortaleza - Ceará - Brasil
domingo, 7 de junho de 2015
Eike diz ter zerado as dívidas e que está de volta aos negócios
'Aos contribuintes, I'm sorry, não devo nada', diz o empresário sobre empréstimos do BNDES
- Atualizado em
O
empresário Eike Batista disse que não tem mais dívidas e que está de
volta aos negócios, com projetos na área de biotecnologia. "I'm back.
Eike Batista zerou a sua dívida. E eu tenho algum patrimônio para
começar", afirmou na noite de sexta-feira, no programa Mariana Godoy Entrevista,
da Rede TV!. "Quer saber qual o tamanho do meu patrimônio? Sabe o que
está escrito no manual de um Rolls-Royce, na potência do motor? 'O
suficiente.'" Eike não quis dar detalhes, mas explicou que não pretende
mais levantar recursos financeiros para os seus projetos na bolsa de
valores. "Fundos de private equity e fundos soberanos ficam com você por
dez anos", afirmou. Leia também: Acionistas pedem que MPF investigue Luma de Oliveira por uso de informação privilegiada Eike negou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) tenha perdido dinheiro com os empréstimos que fez para as
empresas do grupo X. "O BNDES ganhou comigo", disse o empresário. Ele
usou como argumento o fato de que parte do capital do banco vem de
recursos subsidiados pelo Tesouro Nacional, ou seja, bancados pelos
contribuintes. Mas ele negou estar em dívida com os brasileiros. "Eu não
devo nada ao BNDES. A vocês contribuintes, I'm sorry, eu não devo
nada." O empresário disse que as dívidas que tinha foram assumidas pelos
credores que passaram a controlar as suas empresas. "A OGX tinha uma
dívida de 5,7 bilhões de dólares com os credores. Eles assumiram o
controle da empresa e, na negociação, aceitei todos os pedidos deles",
disse o empresário, que aproveitou para se defender. "Nos Estados
Unidos, vergonha não é fracassar. Vergonha é não negociar de peito
aberto, que foi o que eu fiz." O empresário criticou o ambiente de negócios ao tentar se justificar.
"No Brasil, quando você é muito bom, vai atrasar dois anos na execução
do projeto. É a nossa realidade", disse Eike, citando greves
trabalhistas e a demora na concessão de licenciamento ambiental como
fatores que acabam atrasando a conclusão de projetos no país. Eike é investigado pela suspeita de manipulação de mercado e uso de
informações privilegiadas na negociação de ações de suas empresas. Ele
já foi multado em 1,4 milhão de reais pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), o órgão que regula o mercado de capitais, por
irregularidades na divulgação de informações das companhias.
Pink Fleet
Na segunda metade deste ano, Eike tentou vender seu luxuoso iate, o
Pink Fleet, mas não encontrou nenhum comprador. O barco é usado como
plataforma de eventos corporativos na baía de Guanabara. Mas a atividade
não tem rendido muitos ganhos. Eike, então, se viu obrigado a optar
pelo desmanche. Com capacidade para 400 pessoas e 54 metros de
comprimento, a embarcação dava uma despesa mensal de 300 mil reais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário